Correio de Carajás

É falso que a PM vai interditar ponte do Itacaiúnas até o amanhecer

Treinamento da Polícia Militar vai ocupar a ponte apenas por meia hora

Ao contrário do que vem sendo divulgado em redes sociais, o treinamento da Polícia Militar que começa nesta terça-feira (6) não vai interditar a ponte do Rio Itacaiúnas das 23h20 até as 6h da manhã. A interdição será por apenas meia hora: das 22h às 22h30. Quem confirmou foi o próprio coronel Dayvid Sarah, comandante do CPRI-II – 2º Comando de Policiamento Regional. “Vai ser um momento rápido”, resumiu o oficial, deixando claro que tudo não passou de uma fake que começaram a espalhar na cidade.

A programação da simulação de combate a ações criminosas às instituições financeiras e transportadoras de valores, além de investidas contra unidades policiais, se inicia às 18h no auditório do Colégio com Supervisão Militar Rio Tocantins (CMRIO), na Folha 13 (Nova Marabá).

A instrução visa preparar as forças de segurança para uma resposta rápida e aceitável frente a possíveis ataques realizados por grupos criminosos, denominados de “Novo Cangaço”.

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A primeira atividade será a simulação de ataques ao Quartel do 34º BPM e interdição de ponte do Rio Itacaiúnas. A segunda instrução será a simulação de ataque a uma instituição de valores (na base da Prosegur), às 23h30, no Bairro Liberdade.

No início da madrugada desta quarta-feira (7) ocorre a terceira ação, que é a simulação de confronto na barreira e teste do plano de contingência. Essa atividade ocorrerá na barreira policial na principal rota de fuga para Itupiranga, no km 8 da BR 230, próximo à entrada da estrada do Rio Preto.

O efetivo policial escalado para a simulação contará com mais de 120 militares, sendo eles do Departamento Geral de Operações (DGO), Comando de Policiamento Regional II (CPR II), 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), 34º Batalhão da Polícia Militar (34º BPM), 1º Batalhão de Missões Especiais (1º BME), Comando de Missões Especiais (CME), Batalhão de Operações de Polícias Especiais (BOPE), Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (ROTAM), Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv).

Caso de repercussão em Marabá

Esse tipo de situação que será simulada pela Polícia Militar já ocorreu em Marabá. No dia 5 de setembro de 2016, criminosos invadiram a sede da Prosegur, no Novo Horizonte. A quadrilha destruiu o prédio da empresa e roubou algo em torno de R$ 17 milhões dos cofres. Para garantir êxito na ação delituosa, os foras da lei atravessaram e incendiaram um caminhão na ponte do Rio Itacaiúnas, impedindo a chegada de reforço policial ao Núcleo Cidade Nova.
Aquele episódio serviu de marco para que a Polícia Militar reforçasse o treinamento para enfrentar esse tipo de situação em Marabá e região. Além disso, o mega assalto, de repercussão nacional, também ensejou a criação do 34º Batalhão de Polícia Militar, instalado justamente no Núcleo Cidade Nova, pois ficou claro que a ponte era um gargalo, já que havia apenas um batalhão de polícia do outro lado do rio e se fazia necessária outra unidade para agir prontamente em casos de grande monta.

(Chagas Filho, com informações da Ascom/PMPA)