O Grupo 1, da Série D, que envolve times da região Norte, começou com uma peculiaridade: as equipes que jogam em casa estão levando vantagem e fazendo valer o mando de campo.
O Campeonato Brasileiro da Série D terminou sua segunda rodada sem os visitantes terem levado ponto para casa, mas a explicação pode ter a ver com as grandes distâncias que as equipes têm de percorrer para jogar contra seus adversários.
O líder Águia de Marabá jogou a primeira rodada vencendo com muita facilidade o Princesa de Solimões, porém o time amazonense teve que sair de Manacapuru, no interior do Amazonas e viajar até Marabá, com o detalhe de os voos fazerem conexão em Brasília, o que mais que dobra as distâncias. Jogando em casa, o Princesa enfiou 4 a 0 no São Francisco, do Acre.
Leia mais:Já o Águia de Marabá, que goleou o Princesa, perdeu de 3 a 1 para o São Raimundo, de Roraima. Foram mais de cinco horas e quase 4 mil quilômetros percorrido dentro de um avião, o que deixou os marabaenses exaustos. O resultado foi um 3 a 1 para o time da casa, e mais um agravante para equipe marabaense é que viajou sem alguns de seus titulares, que vão jogar a final do Campeonato Paraense.
O São Francisco, do Acre, havia vencido o São Raimundo por 1 a 0 na primeira rodada, foi goleada pelo Princesa por 4 a 0. O Trem, do Amapá, conquistou três pontos diante da Tuna Luso, do Pará, mas foi facilmente vencido pelo Humaitá no jogo seguinte por 3 a 0. O Humaitá havia perdido para o Nacional por 3 a 1. O Nacional por sua vez perdeu para a Tuna Luso na última rodada.
Esse equilíbrio até aqui mostra que a distância pode ser um fator determinante e aquele time que conseguir pontuar fora, pode quebrar esse ciclo e se distanciar na liderança.
O Azulão tem dois jogos em casa nas próximas rodadas, contra o Humaitá, do Amazonas, e o São Francisco, do Acre, mas no meio desses jogos uma final de estadual contra o Clube do Remo.
O técnico Mathaus Sodré terá que se desdobrar junto ao elenco, que não é tão grande, para seguir bem durante essa maratona de jogos. (Márcio Aquino – freelancer)