Uma sonda da empresa japonesa ispace tentou fazer um pouso histórico na Lua nesta terça-feira (25), mas perdeu a comunicação minutos antes de completar o feito.
🚀 Caso o pouso tivesse dado certo, a ispace se tornaria a primeira companhia privada a pousar uma sonda na Lua.
“Perdemos a comunicação, então temos que assumir que não conseguimos completar o pouso na superfície lunar”, disse o CEO da ispace, Takeshi Hakamada, em uma transmissão ao vivo da empresa.
Leia mais:
O objetivo inicial da empresa é explorar a região lunar e, no futuro, trabalhar com o envio de cargas, inclusive da Nasa, a partir de 2025, segundo a agência Reuters.
O módulo Hakuto-R Mission já estava em órbita desde março e, por isso, não houve decolagem. Ele foi lançado em dezembro da Terra por um foguete Falcon 9, da SpaceX, do bilionário Elon Musk.
Esse módulo estava transportando um automóvel, batizado de “Rashid”, que tem quatro rodas e foi produzido por uma empresa dos Emirados Árabes Unidos. Também foi enviado um robô lunar criado pela agência espacial japonesa, a JAXA. Ambos andarão por alguns dias na Lua.
A ispace não é a primeira empresa privada a não concluir uma missão lunar. Em abril de 2019, a israelense SpaceIL observou a queda de seu módulo na superfície da Lua.
Antes de perder a comunicação, a sonda enviou imagens da Lua para a equipe.
Confira todas as etapas da missão:
- 28/11/2022 – Conclusão dos preparativos para o lançamento;
- 11/12/2022 – Conclusão do lançamento;
- 16/12/2022 – Estabelecimento de operação estável;
- 15/12/2022 – Conclusão da primeira manobra de controle orbital;
- 11/01/2023 – Conclusão de voo estável no espaço profundo;
- 17/03/2023 – Conclusão de manobras de controle orbital em espaço profundo;
- 21/03/2023 – Alcançar o campo gravitacional da Lua;
- 13/04/2023 – Conclusão de manobras na órbita da Lua;
- 25/04/2023 – Houve perda de comunicação na conclusão do pouso na Lua e não é possível confirmar o sucesso da missão.
Sobre a empresa
Com apenas 200 funcionários, a ispace afirma que “deseja ampliar a esfera da vida humana ao espaço e criar um mundo sustentável, fornecendo serviços de transporte de alta frequência e baixo custo para a Lua”.
O fundador da empresa disse que a missão estabeleceria “as bases para liberar o potencial da Lua e transformá-la em um sistema econômico robusto e vibrante”.
A empresa informou que acredita no potencial da Lua para poder receber uma população de 1 mil pessoas em 2040, além de 10 mil visitantes por ano.
(Fonte:G1)