A implementação efetiva da Lei Municipal de políticas públicas para mulheres de Marabá foi discutida na 2ª reunião de trabalho acerca do assunto. O evento ocorrido nesta quinta-feira (20), no auditório da Justiça Federal e foi organizado pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher. Representantes das instituições de apoio à mulher no município estiveram presentes.
A escuta com os movimentos sociais acontece na cidade desde 2019 através da conferência municipal de políticas públicas para as mulheres. Desde então, camponesas, ribeirinhas, indígenas, trans e mulheres negras têm sido pauta para começar a elaborar em conjunto com a sociedade civil organizada e o poder público o tal plano municipal voltado à causa.
Este CORREIO esteve presente no evento e conversou com a coordenadora de Políticas Públicas para as mulheres, Eliane Paiva. Segundo ela, a reunião também visa a criação de atividades que priorizem as questões de gênero bem como grupos mais vulneráveis, como mulheres em situação de violência doméstica: “Todas as situações que são uma necessidade, até porque Marabá ainda é o 4º município mais violento do estado, diante das estatísticas”.
Leia mais:O evento discutiu sobre como está sendo executado o plano municipal no âmbito da educação, saúde, assistência social, segurança pública. A forma como está chegando até as mulheres também foi levantada, buscando o aprimoramento e alargando a discussão, para melhorar a aplicabilidade dessa lei.
Um estudo técnico também está sendo realizado com o poder judiciário e público em conjunto com os movimentos sociais para entender onde o plano municipal precisa melhorar, buscando a visibilidade no âmbito da segurança, saúde, educação, em busca da garantia social da categoria.
Titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar, o juiz Alexandre Arakaki pontua que a reunião é fundamental para tirar o plano do papel e executá-lo, para tentar, de alguma forma, beneficiar essas mulheres: “Hoje é mais uma dessas reuniões com a presença massiva das entidades e suas representantes, que compõem a rede de proteção”.
Segundo ele, o evento é uma forma de continua a tratar da violência de gênero, buscando oferecer uma vida digna para as mulheres. Para finalizar, o titular pontuou que Marabá possui pessoas muito dedicadas no que tange o combate da violência contra a mulher, que se importam em dar uma vida digna e melhor às mulheres marabaenses. (Thays Araujo)