Na manhã de ontem, sexta-feira (14), seis pessoas foram encaminhadas para audiência de custódia na 1ª Vara Criminal de Marabá, onde foi mantido o flagrante dos três pelo crime de furto qualificado. O que eles furtaram? Trilhos de trem. Isso mesmo: furtaram 70 pedaços de trilho de seis metros de comprimento cada, pesando 132 toneladas, que eram levados em três caminhões.
Os acusados são Nilo Dias Pereira, Radilson Soares de Souza Filho, Jose Márcio Viana, Salomão Moreira Barbosa, João Batista Rodrigues Sampaio e Alexandro Souza Costa. A prisão dos acusados foi feita pelos militares lotados no Posto Policial Destacado (PPD) de Morada Nova
Segundo o relato do sargento Gladison, comandante do PPD, por volta das 19h30 a guarnição recebeu informe de que três caminhões estariam passando em Morada Nova pela Rodovia BR-222 transportando trilhos furtados na margem da ferrovia dentro da área indígena Mãe Maria.
Leia mais:Ainda de acordo com os policiais, foi montada uma barreira e feita a abordagem nos veículos, sendo constatada a veracidade da denúncia. Os três caminhões com aproximadamente 132 toneladas de barras de trilho. Os PMs cobraram a nota fiscal do metal ou outro documento que comprovasse alguma espécie de origem legal para o material transportado, mas não havia nada disso.
Na ocasião foram flagrados Nilo Pereira, Radilson Filho, José Viana e Salomão Barbosa. Depois disso, os outros dois acusados, João Sampaio e Alexandro Costa compareceram espontaneamente à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foram autuados em flagrante pelo delegado plantonista Timóteo Oliveira Soares.
No momento em que os acusados eram embarcados na viatura policial com destino à audiência de custódia e, posteriormente, aos cuidados do sistema penal, devido ao tumulto não foi possível colher a versão de nenhum deles.
Familiares também acompanharam a transferência do sexteto; alguns chegaram a se emocionar por ver seus parentes algemados e colocados dentro de um camburão da polícia.
Na sede da delegacia de polícia, um representante designado pela Mineradora Vale, Hércules Ferreira Brito, atestou – para fins legais – que os trilhos furtados pertencem de fato à empresa.
(Chagas Filho – Com informações de Evangelista Rocha)