Correio de Carajás

GO: curso de tiro para crianças é cancelado após recomendação do Ministério Público

De acordo com o Ministério Público, o curso infringiria as regras impostas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

GO: curso de tiros para crianças é cancelado após recomendação do Ministério público(foto: Reprodução/Metrópoles)

O Clube de Caça e Tiro Hunter, localizado no município de Jataí, no interior de Goiás, anunciou neste último domingo, 16, o cancelamento de um curso de tiro para crianças, após uma recomendação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). De acordo com o órgão, o curso infringe as regras impostas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode ser considerado um incentivo à violência.

Patrícia Galvão, promotora da Infância e da Juventude, foi a responsável por recomendar o cancelamento do curso. De acordo com informações Folha de São Paulo, ela se amparou no decreto 11.366, do Governo Federal, de janeiro de 2023, que determina que a prática de tiro desportivo só poderá ser realizada a partir dos 14 anos, mediante autorização judicial.
“E um curso de tiro, formação em tiro, é algo que vai de encontro com esse princípio da integral proteção. Então, apesar de não ser uma arma de fogo, ela está sendo utilizada para o curso de formação e tiro. O menor de 14 anos, em nenhuma hipótese, pode passar por um tipo de curso de tiro” disse a promotora ao G1 – Goiás.

O curso gerou uma grande repercussão nas redes sociais após a publicação de imagens que mostravam crianças empunhando airsofts, como são conhecidas as armas de pressão. Os registros, segundo o G1 – Goiás, teriam sido feitos durante um treinamento de atirador mirim.

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Em nota publicada no Instagram, o clube informou que retirou do ar todas as postagens de crianças empunhando armas pensando no bem estar de todos os envolvidos no projeto. “O clube Hunter informa o cancelamento do Projeto Mirim. Essa decisão foi tomada devido aos recentes atos criminais que ocorreram (ataques as escolas) após a realização do projeto, as quais não possuem nenhuma ligação entre si.”

(Fonte: O POVO)