Correio de Carajás

Marabá: sem professor, vigia e merendeira entram em sala de aula para ajudar alunos de escola

Comunidade de Alto Bonito II faz abaixo assinado e exige melhorias na escola pública

Vigia da Escola Mércia Lacerda estaria dando em aulas por conta da falta de professores

Moradores da comunidade de Alto Bonito II, zona rural de Marabá, protocolaram no Ministério Público do Estado do Pará, no último dia 4 de abril, um abaixo assinado contendo o nome de 64 moradores que pedem melhorias urgentes na Escola Mércia Lacerda Miranda, que está sem professores.

 “Está sem professor do sexto ao nono ano. Quem está dando aula é o vigia e a merendeira”, disse uma moradora, que confirmou ao CORREIO que a situação da comunidade escolar está precária, tanto com a falta de professores, como pela estrutura do prédio.

Leandro Souza do Nascimento, presidente e representante da Associação de Moradores e Extrativistas da Comunidade Alto Bonito II, pede uma atenção especial da Secretaria Municipal de Educação.

Leia mais:

“Falta bebedouro; falta material didático para os alunos e material de limpeza para a escola; as paredes estão rachadas, janelas quebradas, cadeiras sem condições de uso para os jovens, porque todas as cadeiras são infantis, e só tem um banheiro para uso de alunos e funcionários”, diz.

A estrutura física da escola está precária e os moradores pedem atenção da Semed

A comunidade de Alto Bonito II – localizada na zona rural, distante 189 quilômetros da zona urbana de Marabá – aguarda um posicionamento das autoridades e uma atenção efetiva sobre a situação da escola que atende crianças e adolescentes da localidade. Eles pedem melhorias na estrutura escolar, além de condições dignas de aprendizagem aos alunos.

O CORREIO entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura que afirmou que a Secretaria de Educação está realizando a compra dos materiais (cadeiras e utensílios para limpeza), e que os pequenos reparos devem acontecer nas próximas semanas.

Em relação à denúncia sobre a falta de professores, a Semed abriu uma investigação interna para recompor o quadro de educadores em breve, enfatizando que a informação a respeito dos funcionários de serviços gerais estarem ministrando aulas é falsa. (Da Redação)