Diante a ameaça de ataque que ocorreu nesta segunda-feira (10) à Escola Estadual Walquise Viana da Silveira, localizada no Núcleo São Félix, as redes municipal e estadual de ensino do município vêm adotando novos protocolos de segurança e realizando reuniões internas e com a polícia para proteger os alunos e educadores. Enquanto isso, uma onda de ameaças pelas redes sociais tem instaurado pânico nos pais e seus filhos.
Nos últimos dias, circularam por grupos de WhatsApp prints que anunciavam massacres em Marabá, Bom Jesus do Tocantins e Belém. Áudios antecipando tragédias também foram amplamente compartilhados pela população. A reportagem deste CORREIO entrou em contato com Magno Barros, diretor da 4ª Unidade Regional de Ensino em Marabá, e teve informação de que escolas públicas estão com uma rede de segurança atuando. Rede essa que interceptou a possível ação na escola citada no primeiro parágrafo.
“As escolas “mapeiam” situações problemas e relatam para a ronda escolar da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Com base nessas informações e em denúncias anônimas às forças de segurança, que têm expertise no assunto, entram em ação, como aconteceu ontem”, explicou.
No mesmo dia em que a PM conseguiu intervir e evitar o possível ataque, uma reunião realizada pelo coronel Dayvid Sarah Lima, do Comando Regional II da Polícia Militar do Pará com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Guarda Municipal de Marabá definiu que, no período de 13 a 24 de abril, equipes dessas seguranças estarão em todas as escolas do ensino público em horários de fluxo.
O diretor geral de ensino da Semed, Fábio Rogério Rodrigues, informou à reportagem também que os primeiros passos serão identificar o que é real e o que não é. Segundo ele, por se tratar de algo novo na região, a Secretaria de Educação está alinhando com a PM para que haja um suporte de segurança.
“Novas reuniões estão sendo marcadas para dialogarmos, pensarmos e alinharmos junto com a polícia, iniciativas sempre mais seguras e eficientes de combater esse tipo de situação”, disse. Fábio também garante que cada unidade escolar, agora, possui linha direta com a PM e GM para que, em qualquer suspeita, possa entrar em contato rapidamente.
Ele informou que diretores têm repassado faltas de alunos nos últimos dias, mas que as escolas continuarão exercendo suas atividades normalmente, diante das medidas de prevenção. A intenção é que o ano letivo dos jovens não seja prejudicado.
A rede particular também tem adotado novos protocolos. O Centro Educacional Globo publicou ontem uma série de critérios que serão adotados a partir de hoje. No informativo fica explícito que o primeiro portão ficará sempre fechado e o número de pessoas a abri-lo será limitado. O atendimento presencial a terceiros será realizado somente com agendamento pelo número de WhatsApp do colégio.
Ambulantes na frente da instituição estão proibidos e a instalação de novas câmeras de segurança na parte externa será realizada. A direção do colégio garante que todas as salas, pisos e corredores já são monitorados e pede a ajuda dos pais para que tenham mais cuidado com o acesso dos filhos à internet e estejam atentos a materiais extras desnecessários.
O Colégio Alvorada também se manifestou por um informativo e garantiu que, “com o objetivo de aprimorar os protocolos de segurança já existentes, as novas medidas incluirão a contratação de seguranças, treinamento direcionado a todos os colaboradores da escola, inclusão de mais câmeras de monitoramento, reforço de cercas elétricas nos arredores da instituição, porteiro eletrônico e solicitação de rondas da GM.
Na tarde desta terça-feira, diretores de todas as escolas municipais de Marabá vão participar de reunião de alinhamento de ações com o comando do CPR-2 da Polícia Militar. (Thays Araujo)