O número de famílias atingidas pelas cheias dos rios Itacaiunas e Tocantins, no município de Marabá, já passa de 2.500. Com mais de onze abrigos espalhados pela cidade, 508 famílias já pediram socorro e foram atendidas pela Defesa Civil para saírem de suas casas e irem para abrigos.
No final da noite desta quarta-feira, 22, a régua fluviométrica estava em 11,57 metros e, segundo o boletim informativo de vazões do Rio Tocantins divulgado diariamente pela Eletronorte, até o próximo sábado, 25, esse nível pode chegar aos 12,15 metros.
De acordo com dados da Defesa Civil, existem 1.650 famílias desalojadas, que estão em outros destinos, como casa de familiares e amigos; 361 famílias nas zonas rurais ribeirinhas, e 8 famílias ilhadas.
Com abrigos nos núcleos da Velha Marabá e do São Félix, nos bairros Jardim União, Filadélfia, Amapá, Carajás I e na Folha 33, Marcos Andrade, coordenador da Defesa Civil de Marabá, afirma que até sexta-feira o número de abrigos e atingidos pela enchente vai aumentar.
Vale ressaltar que ano passado, em 2022, o nível do rio passou dos 13 metros e foi considerada a maior enchente dos últimos 18 anos na cidade. “Infelizmente, a previsão é que o rio passe dos 12 metros e todo esse número de abrigos e famílias vai mudar”, prevê Marcos, que sempre atende muito bem a equipe do CORREIO, apesar da grande demanda que tem atualmente.
Enquanto isso, nos abrigos não param de chegar materiais para a construção de novas unidades.
Marcos finaliza informando que o órgão continua realizando o cadastramento das famílias que precisam transportar seus pertences, e que elas devem ir até a sede da Defesa Civil para agendar um caminhão.
“Estamos com dez veículos contratados e três do Exército. Também contamos com o apoio do Corpo de Bombeiros e da equipe do Serviço de Saneamento Ambiental”, disse Andrade.
A Equatorial emitiu um comunicado informando que, por medidas de segurança, algumas áreas alagadas pelas cheias dos rios estão tendo o seu fornecimento de energia suspenso devido aos riscos iminentes que apresentam, como acidentes elétricos.
A empresa orienta que os moradores das áreas alagadas desliguem os disjuntores internos das residências para evitar curto-circuito. (Ana Mangas)