O golpe das notas de dinheiro falsificado tem crescido no Brasil. Segundo o Banco Central, somente no ano passado, foram mais de 400 mil cédulas falsas em todo o país e a Bahia foi o estado do Nordeste com o maior número de apreensões.
As facilidades para conseguir o dinheiro falso vêm sendo alvo de operações da Polícia Federal. Muitas vezes, as negociações dos criminosos começam pela internet e envolvem até empresas de entrega de encomendas, como os Correios. Para fechar o cerco contra os bandidos, a PF tem atuado em parceria com outras instituições.
“A equipe da Polícia Federal vem desenvolvendo, junto com a equipe dos Correios, um trabalho de monitoramento e fiscalização, em que é feito um cruzamento de dados. A partir desses dados é que você vai conseguir chegar à toda a cadeia, desde a produção da moeda falsa até sua distribuição”, explica Alan Leão, delegado da PF em Itabuna (BA).
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Para não cair em golpes como esse é sempre bom analisar alguns detalhes:
- o primeiro e mais conhecido deles é a “marca d’água”, que aparece contra a luz, com a imagem do animal da cédula e o valor.
- o segundo é o “fio de segurança”, que é um fio escuro visível quase no meio da nota
- o terceiro é o alto relevo no papel, que pode ser sentido pelo tato em algumas áreas da cédula, como na legenda República Federativa do Brasil na frente da nota e Banco Central do Brasil no verso.
- o quarto elemento é o valor da nota no chamado “quebra cabeça”, visível quando colocamos a nota contra a luz
- outro detalhe a observar: os “elementos fluorescentes”, que aparecem sob a luz ultravioleta
Em uma grande loja de departamentos, os cuidados no caixa são redobrados. As atendentes são orientadas a verificar nota por nota e, além do olhar apurado, usam canetas especiais para evitar receber cédulas de dinheiro falsificadas. As medidas fazem parte da estratégia para evitar prejuízos, e também proteger clientes e funcionários.
“Cada um tem a responsabilidade pelo seu caixa e, para responsabilidade, a gente tem que ter o material em mãos para que a gente possa cobrar também”, afirma o gerente Jaime Carlos Filho.
(Fonte:G1)