Estão abertas as inscrições para admissão de poemas na antologia “IX Anuário da Poesia Paraense”. Este ano, tanto as inscrições quanto a distribuição dos exemplares serão gratuitas. O projeto foi um dos vencedores do “Prêmio Jornada Sociocultural 50+50 da Transamazônica e BR 163”, promovido pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult).
As inscrições foram abertas no último dia 10 e encerram no próximo dia 26. Podem ser inscritos até dois poemas, de no máximo 23 versos, ou um único poema de no mínimo 30 versos, e no máximo 46. Apenas autores quem nasceram e residem no estado do Pará, ou que estão radicados em outros estados da federação, podem realizar a inscrição para concorrer a uma vaga na antologia. As obras podem ser enviadas por e-mail para o endereço poesiaparaense@gmail.com.
Historicamente, o Anuário da Poesia Paraense compila autores amadores e inéditos, pessoas que nunca tiveram suas obras publicadas em livros. “A antologia tem aberto essa possibilidade de você publicar pela primeira vez. Nós queremos divulgar a poesia nas suas várias nuances e nos seus vários modos de ser escrita”, frisa Airton Souza, escritor e organizador da antologia.
Leia mais:“Além de congregar essas poéticas, a ideia é fazer um processo de divulgação da poesia produzida no estado do Pará, através de um livro físico”, complementa.
DETALHES TÉCNICOS
A semente do projeto nasceu em 2015, semeada por Airton e Leonice Souza, pedagoga, e permanece viva desde então. Com exceção das edições de 2023 e de 2021, todas as outras tiveram as despesas custeadas através da taxa paga pelos inscritos, característica de uma publicação independente. Nesses casos, cada participante selecionado recebeu dois exemplares da antologia.
A curadoria fica por conta de Leonice. No trabalho minucioso, ela faz a leitura de cada obra, para garantir, dentre outras coisas, que os textos sejam politicamente corretos. Para a Reportagem do CORREIO, ela revela que a participação feminina nas antologias é massiva. “A gente tem a felicidade de a maioria (das inscrições) ser de mulheres, o que nos deixa muito felizes”, celebra.
Os exemplares produzidos são distribuídos para além dos escritores que integram a obra. Escolas e outros ambientes ligados à literatura recebem, gratuitamente, cópias da antologia.
Um outro detalhe destacado por Airton e Leonice é a arte da capa da antologia. Todos os anos um artista do estado é convidado para estampar o lado de fora do livro e em sua IX edição, o anuário ostentará uma arte de Bino Sousa, artista visual marabaense.
SAIBA MAIS
Em 2023, o Anuário da Poesia Paraense foi um dos 28 projetos premiados pela “Jornada Sociocultural 50+50 da Transamazônica e BR 163: narrativas humanas culturais e ecológicas na Amazônia”, garantindo o valor de R$ 5 mil para custear as despesas com a publicação da antologia.
O prêmio intenciona contribuir com a produção artística regional da circunvizinhança da Transamazônica e da BR 163 e abarca em suas categorias a dança, o teatro, pesquisa acadêmica, poesia e romance. Os 28 prêmios, que variam de R$ 5 mil e R$ 6 mil, abrangem projetos realizados nas Bacias do Xingu (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu); do Araguaia-Tocantins (Marabá, Itupiranga, Novo Repartimento, Tucuruí, Jacundá, Nova Ipixuna, São João do Araguaia, São Domingos do Araguaia, Palestina, Brejo Grande do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, Parauapebas) e do Tapajós (Aveiro, Itaituba, Novo Progresso, Rurópolis, Trairão, Belterra, Mojuí dos Campos, Santarém). (Luciana Araújo)