O jornalista britânico Luke Andrews resolveu realizar um experimento que para muitos pode ser quase impossível. Imerso no uso das redes sociais, o britânico determinou que iria diminuir drasticamente o seu uso de celular.
Escrevendo para o tabloide inglês Daily Mail, Luke contou que percebeu o vício após o seu dispositivo móvel contabilizar ao menos 5 horas diárias frente ao celular, equivalente a cerca de 75 dias inteiros ao longo do ano.
Ele disse ainda que recebeu de sua família um cartão de aniversário chamando-o de “viciado em celular”. Foi então que o jornalista se determinou a regular o próprio tempo de tela.
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Luke explicou que usava a desculpa de ser jornalista para continuar horas e horas em frente ao celular. “Preciso saber de tudo”, falava para si mesmo, segundos antes de se perder nos inúmeros conteúdos das redes sociais.
Além das pelo menos 5 horas usando celular, o dispositivo contou que Luke pegava o telefone entre 150 a 200 vezes ao dia.
Com o “autodiagnóstico” do vício, Luke decidiu seguir o plano do livro “Como Se Separar Do Seu Telefone”, que sugere um passo a passo de como “cortar relações” com o seu dispositivo móvel.
Sobre o experimento
O primeiro passo que o jornalista seguiu para diminuir o tempo de uso do celular foi desativar as notificações do telefone, algo que o fazia olhar o celular frequentemente em busca de novidades. “Sentia vibrações fantasmas [do celular]”, disse ele.
Outra parte do plano que o livro sugere é afastar o celular do local onde dorme, substituindo o alarme do celular por um bom e velho despertador. “Para muitos de nós, nossos telefones se tornaram a primeira coisa que olhamos pela manhã e a última à noite”, comentou ele.
Luke confessou que a ideia de trocar alarme pelo despertador lhe deixou ansioso, visto que, segundo ele, precisam de 5 alarmes para que ele possa finalmente acordar.
A partir daí, os passos ficaram mais difíceis. O jornalista conta que teve de excluir cada rede social do seu dispositivo, virando um adepto do “se for importante, pode me ligar”.
Fitas determinavam onde pode usar o celular
Além disso, Luke só poderia usar o telefone em áreas designadas por ele próprio, mas que inibissem o uso excessivo do celular. Dessa forma, o britânico escolheu a mesa da cozinha e o corredor de sua casa para serem as zonas de uso livre.
O jornalista disse que usava o celular na cozinha para escutar podcasts enquanto preparava algo para comer, o que julgava ser um bom uso do smartphone.
O plano indica que o leitor tente não usar o celular antes de sair de casa, o que fez com que o Luke se mobilizasse o mais rápido possível para sair e poder usar o seu telefone.
Esqueça o celular
Em um dos últimos passos, o livro sugere que você esqueça o celular durante um dia inteiro, aconselhando a se ocupar fora de casa, como saindo com os amigos, por exemplo.
Luke diz que quase tomou “um bolo” dos amigos que não o acharam em um encontro na cafeteria por ele não responder as mensagens que enviavam.
Resultado do experimento
Ao final de todos os planos, Luke conta que conseguiu atingir o objetivo principal de diminuir o tempo de tela. As cinco horas diárias de uso passaram a ser, em média, uma hora e cinquenta minutos.
O jornalista confessa que, após o mês de experimento, o uso das redes sociais voltaram com tudo e as zonas de uso do smartphone foram esquecidas silenciosamente, o que aumentou o uso diário para duas horas e trinta minutos
Ao final do relato, Luke diz que recomendaria o livro para aquelas pessoas que pretendem gerenciar melhor o seu tempo e que ainda continuará aplicando o plano do livro pelos próximos dois anos, mesmo que minimamente.
(Fonte: O POVO)