Correio de Carajás

MP pede investigação sobre água imprópria fornecida pela Hydro em Barcarena

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) – por meio dos Promotores de Justiça Laércio Abreu, Eliane Moreira, Daniel Barros e Bruno Saravalli – requisitou na tarde da última sexta-feira (20) a instauração de inquérito policial para apurar a responsabilidade sobre água em condições impróprias que está sendo fornecida a moradores de Barcarena pela empresa Hydro Alunorte por meio de carro-pipa.

No último dia 13 de abril o MPPA requisitou à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Estado do Pará (Sespa) informações sobre análise de amostras da água dos poços e dos sistemas de abastecimento de água para as residências das comunidades abrangidas no entorno do Polo Industrial de Barcarena.

Três dias depois, no dia 16, a resposta da Secretaria, por meio de nota técnica, foi no sentido de que além de identificar contaminações em diversas fontes de água nas comunidades de Barcarena, confirmando os dados do Instituto Evandro Chagas (IEC), também identificou que a água fornecida pelos carros-pipa para as comunidades Bom Futuro, Itupanema, Vila Nova, Jardim Cabano e Burajuba, está contaminada por metais pesados.

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De acordo com a nota técnica da Sespa foi encontrada a presença de Alumínio acima do Valor Máximo Permitido, que é de 0,2mg/L, nas amostras colhidas nas comunidades de: Itupanema, Vila Nova, Jardim Cabano.

Na Comunidade de Bom Futuro, os resultados insatisfatórios se referem aos ensaios de Cor Aparente, pH, Nitrato, Turbidez e presença de contaminação por Escherichia Coli (bactéria, muitas vezes nociva, que habitam o instestino humano). Inclusive na água fornecida pelo carro pipa, cujo valor de Chumbo e Magnésio estavam acima do permitido.

Na Comunidade de Burajuba as amostras tiveram resultado insatisfatório nos parâmetros: cor aparente, pH, E. coli (para a água não tratada) e Presença de Cloro Residual abaixo do valor mínimo na amostra de água tratada. As análises foram feitas pelo Laboratório Central (LACEN) por meio de coleta de água dos poços amazônicos, domiciliares localizados em igarapés e nos pontos da rede de água instalada em bairros do município de Barcarena.

No dia seguinte (17) o MPPA requisitou os dados completos das análises de água, bem como a informação sobre quem era o responsável pela distribuição da água com os carros-pipa. Nesta sexta (20) a Sespa confirmou que a distribuição é de responsabilidade da empresa Hydro, sendo distribuída pela Defesa Civil, com fiscalização da Coordenação Estadual de Vigilância Sanitária.

O pedido de abertura de inquérito para apurar os fatos ocorreu no final da tarde. O Ministério Público aguarda que dentro de cinco dias a Polícia Civil informe o número e registro do inquérito e da autoridade policial que presidirá a investigação. A empresa também receberá notificação para que cesse o fornecimento de água imprópria à população assegurando acesso à água mineral de boa qualidade. (Ascom/MPPA)

 

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) – por meio dos Promotores de Justiça Laércio Abreu, Eliane Moreira, Daniel Barros e Bruno Saravalli – requisitou na tarde da última sexta-feira (20) a instauração de inquérito policial para apurar a responsabilidade sobre água em condições impróprias que está sendo fornecida a moradores de Barcarena pela empresa Hydro Alunorte por meio de carro-pipa.

No último dia 13 de abril o MPPA requisitou à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Estado do Pará (Sespa) informações sobre análise de amostras da água dos poços e dos sistemas de abastecimento de água para as residências das comunidades abrangidas no entorno do Polo Industrial de Barcarena.

Três dias depois, no dia 16, a resposta da Secretaria, por meio de nota técnica, foi no sentido de que além de identificar contaminações em diversas fontes de água nas comunidades de Barcarena, confirmando os dados do Instituto Evandro Chagas (IEC), também identificou que a água fornecida pelos carros-pipa para as comunidades Bom Futuro, Itupanema, Vila Nova, Jardim Cabano e Burajuba, está contaminada por metais pesados.

De acordo com a nota técnica da Sespa foi encontrada a presença de Alumínio acima do Valor Máximo Permitido, que é de 0,2mg/L, nas amostras colhidas nas comunidades de: Itupanema, Vila Nova, Jardim Cabano.

Na Comunidade de Bom Futuro, os resultados insatisfatórios se referem aos ensaios de Cor Aparente, pH, Nitrato, Turbidez e presença de contaminação por Escherichia Coli (bactéria, muitas vezes nociva, que habitam o instestino humano). Inclusive na água fornecida pelo carro pipa, cujo valor de Chumbo e Magnésio estavam acima do permitido.

Na Comunidade de Burajuba as amostras tiveram resultado insatisfatório nos parâmetros: cor aparente, pH, E. coli (para a água não tratada) e Presença de Cloro Residual abaixo do valor mínimo na amostra de água tratada. As análises foram feitas pelo Laboratório Central (LACEN) por meio de coleta de água dos poços amazônicos, domiciliares localizados em igarapés e nos pontos da rede de água instalada em bairros do município de Barcarena.

No dia seguinte (17) o MPPA requisitou os dados completos das análises de água, bem como a informação sobre quem era o responsável pela distribuição da água com os carros-pipa. Nesta sexta (20) a Sespa confirmou que a distribuição é de responsabilidade da empresa Hydro, sendo distribuída pela Defesa Civil, com fiscalização da Coordenação Estadual de Vigilância Sanitária.

O pedido de abertura de inquérito para apurar os fatos ocorreu no final da tarde. O Ministério Público aguarda que dentro de cinco dias a Polícia Civil informe o número e registro do inquérito e da autoridade policial que presidirá a investigação. A empresa também receberá notificação para que cesse o fornecimento de água imprópria à população assegurando acesso à água mineral de boa qualidade. (Ascom/MPPA)