Com a chegada do Carnaval, os órgãos de saúde e segurança de Parauapebas começam a se movimentar para garantir que os foliões tenham a melhor experiência durante os tradicionais blocos. O Conselho Tutelar, que tem colaborado com os órgãos municipais, alerta a população para os cuidados e medidas que devem ser tomadas em situações que ferem as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como o trabalho infantil, exploração sexual, venda e consumo de bebidas alcoólicas – muito comuns nessa época do ano.
Diferente de anos anteriores, o Conselho Tutelar não atuará de forma ostensiva – quem realizará o trabalho de fiscalização serão os órgãos de segurança pública do município. Neil Armstrong, conselheiro tutelar, explica que isso se dá porque esses órgãos têm treinamento e, consequentemente, maior capacidade de identificar crimes flagrantes, sejam eles contra adultos ou crianças.
Neil Armstrong também afirmou que a cidade precisa se preparar para casos em que haja necessidade de atendimento na área da saúde. “Nos casos que tenha que identificar, por exemplo, a violência sexual – muito comum nessa época –, nós aqui de Parauapebas já entramos na justiça e requeremos ao juiz, que concedeu decisão favorável, para implementar o serviço de busca da Assistência Social. O serviço especializado vai estar presente no Carnaval para poder fazer essa identificação.”
Leia mais:Apesar de não trabalhar ostensivamente, o conselheiro garante que o Conselho Tutelar estará presente durante as festividades em um espaço cedido pela Secretaria Municipal de Cultura (SECULT). “A gente está mandando documentos aos órgãos técnicos que farão o trabalho ostensivo, mas pelo menos dois conselheiros estarão de sobreaviso em todos os momentos”, afirmou.
Ele apela aos pais que não deixem os filhos sozinhos em casa durante o Carnaval, devido ao risco que a criança pode correr e lembra que o abandono de incapaz é crime.
Por fim, Armstrong ainda levantou um ponto sobre o consumo de bebida alcoólicas por adolescentes durante as festas. “Se o adolescente está bebendo, muitas vezes é levado detido para a Delegacia de Polícia ao ser pego em alguma blitz e o verdadeiro criminoso fica solto. Quem é o criminoso? Não é o adolescente que estava ingerindo bebida alcoólica, mas quem vendeu ou forneceu, mesmo que gratuitamente”, encerrou. (Clein Ferreira)