Nesta segunda-feira (13), a equipe da delegada Allana Araújo, da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança ao Adolescente (DEACA), prendeu um acusado de estupro de vulnerável. Trata-se de Júlio Paixão da Silva, suspeito de atentar contra sua própria enteada, de apenas 12 anos de idade. O caso se registrou na longínqua Vila Josinópolis, também conhecida como Vila Seca, na Região do Rio Preto, a 240 km da sede de Marabá.
A equipe tomou conhecimento dos fatos, ainda na semana passada, após a menor e seu irmão (de 14 anos de idade) denunciarem a situação para as professoras da escola onde estudam. Diante dos depoimentos, foi solicitado e deferido o pedido de prisão preventiva de Júlio. Em seguida, intensas diligências foram realizadas para fins de localização do suspeito, com êxito na manhã deste dia 13.
Júlio Paixão foi levado para a sede do Para Paz, onde funciona a DEACA, para realização dos procedimentos de praxe e posteriormente foi encaminhado para a Central de Triagem Masculina de Marabá (CTMM), onde ficará à disposição da Justiça.
Leia mais:Ainda na semana passada, a reportagem deste CORREIO teve acesso ao depoimento da vítima. Ela diz que o seu irmão sabe da situação, mas sua mãe não sabe, pois ela nunca falou por sentir vergonha e principalmente por ter sido ameaçada. “Ele disse que se eu falasse pra qualquer pessoa, ele ia fazer mais aquilo”, denuncia.
A criança conta em detalhes toda a sujeira a que vinha sendo submetida nas mãos do maníaco. “As coisas que ele faz dói e toda vez que eu tô dormindo ele fica me perturbando, fica querendo tirar minha roupa”, relata.
Por outro lado, o irmão dela disse ter sido ameaçado de morte caso contasse algo. O suspeito teria afirmado que mataria o rapazinho a golpes de facão. Diante de tanto terror, mas sem ter mais como esconder toda essa barbárie o menino relatou tudo e se encastelou na escola, temendo pela própria vida.
Felizmente, as testemunhas foram até a sede da DEACA, ainda na sexta-feira (10), denunciaram o caso, dando subsídios à polícia para começar a agir e, felizmente, o acusado foi preso.
A reportagem deste CORREIO conversou com exclusividade, por telefone, com a delegada que investiga o caso. Allana Araújo disse que “a suspeita é que a violência se iniciou quando a menor tinha 9 anos”.
(Chagas Filho)