Correio de Carajás

No Dia das Mulheres na Ciência, conheça 3 histórias que se cruzam em Marabá

Professora Andreza Souza com as alunas Kettly e Cassiany: paixão pelas aulas de ciências na escola

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro desde 2015, após uma iniciativa da Unesco e da ONU, busca exaltar os feitos das profissionais da área e inspirar as novas gerações a participar de carreiras ligadas à ciência.

Para comemorar essa data, que transcorre neste sábado, conversamos com uma professora de Ciências da rede municipal de educação e duas alunas da Escola Josineide Tavares, localizada no Bairro Liberdade.

Andreza Souza Jorge é professora do componente curricular Ciência na Escola Josineide Tavares há oito anos, em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

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Ela gosta de trabalhar Ciência com atividades práticas e até conseguiu, com apoio da direção da escola, montar um espaço para realizar experimentos com os alunos. “A gente passa quatro anos na faculdade e não aprende tanto quanto na prática. Ciência é tão gostoso, é o ar que respiramos, é o nosso corpo. Não deveria ter aluno que não gostasse de Ciência (ri, em tom de gargalhada)”.

Andreza diz que gosta de realizar experiências em sala de aula com os alunos, produzindo maquetes, entre outras atividades que aproximam os estudantes daquilo que está nos livros, como teoria. “Este ano vamos trabalhar muito com solo, mostrando as estruturas da planta, numa horta na própria escola. O dia a dia deles serve de base para nossa aprendizagem”.

Há cerca de três anos, Andreza estimula os alunos a participarem da OBA (Olimpíada Brasileira de Astrologia) e confessa que tem sido uma experiência singular para todos. “Com essas atividades, eles passam a conhecer o universo, os corpos celestes. Buscamos alunos que gostam de astronomia e produzimos foguetes muito interessantes. Este ano, queremos melhorar mais ainda e queremos agora conseguir uma medalha”.

Kettly Natasha Silva de Souza, 14 anos, estuda atualmente o 9º ano e teve uma boa experiência na OBA em 2022, alcançando uma boa nota. Ela sonha ser policial para trabalhar com investigação forense. Já sabe que essa área mergulha fundo na ciência para desvendar crimes difíceis. Assiste a séries policiais que dão esse enfoque e está determinada a seguir essa profissão no futuro. “Eu sei que tudo tem a ver com ciência e a professora Andreza nos estimula muito. É sempre bom ter aulas com ela”, confessa.

Cassiany Borges Feitosa, também de 14 anos, estuda na escola Josineide Tavares desde o 6º ano. Tem uma voz aguda e responde a perguntas com muita firmeza.

A adolescente gosta muito de Inglês, quer ser advogada, e revela teve uma excelente experiência com Ciências, ficando surpreendida ao tirar uma nota boa na OBA. “Produzimos um foguete e o meu ficou numa classificação em segundo lugar aqui na escola”, relembra.

Questionada sobre o que pretende para o futuro, ela põe o pé no presente e diz: “meu objetivo agora é me aperfeiçoar nos estudos e só quero saber de namorar depois da faculdade”. (Ulisses Pompeu)