Originário da África, o feijão-caupi foi introduzido no Brasil no século XVI pelos colonizadores portugueses e se tornou um dos mais importantes componentes da dieta alimentar. Esse tipo de feijão é cultivado principalmente nas regiões Norte e Nordeste e muito apreciado pela população da zona rural. É chamado também de feijão-de-corda, feijão da colônia, feijão fradinho e muitas outras denominações que variam de acordo com as regiões produtoras do grão.
Cultivado por pequenos, médios e grandes produtores ganhou importância social e econômica. Na Região Norte, o Pará é o segundo maior produtor de feijão, ficando atrás apenas de Rondônia, produzindo mais de 50 mil toneladas de feijão por ano. A espécie mais produzida aqui é o feijão caupi. Os centros produtores são as microrregiões de Santarém (municípios de Alenquer e Monte Alegre); Bragantina (Bragança, Santa Maria do Pará e Capanema); do Guamá (Capitão Poço) e de Altamira (Uruará, Medicilândia e Altamira).
Nesse cenário, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará possui papel relevante para garantir que o feijão comercializado no Estado chegue ao consumidor com qualidade. Um serviço voltado aos estabelecimentos que embalam o produto é prestado pela Agência. Chama-se classificação de grãos, que propicia a identificação de que o produto vegetal possui qualidade e pode ser consumido com segurança.
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A classificação é a comparação do produto com os padrões já existentes e o resultado desta comparação é que permite o enquadramento do produto em um grupo, classe e tipo, fazendo com que se tenha uma interpretação única.
O objetivo da classificação é determinar a qualidade dos produtos de origem vegetal mediante análises específicas, e por comparação entre a amostra analisada e os padrões oficiais. “Na ADEPARÁ, esse serviço é feito pelo Laboratório de Classificação Vegetal, que classifica e certifica a identidade e a qualidade dos grãos, em estabelecimentos que embalam e comercializam esse produto, destinados diretamente ao consumo humano”, explica a fiscal estadual agropecuária Jose Lena Tavares, engenheira agrônoma e gerente de inspeção e classificação vegetal da Adepará.
A ADEPARÁ, por meio da Gerência de Classificação de Produtos de Origem Vegetal (GCOV), executa o serviço de Classificação Vegetal através de credenciamento junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, agindo de acordo com o que determina a Lei Federal nº 9.972, de 25 de maio de 2000, regulamentada pelo Decreto nº 6.268, de 22 de novembro de 2007. E também observa a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 28 DE MARÇO DE 2008 , que estabelece o Regulamento Técnico do Feijão, definindo o seu padrão oficial de classificação, com os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem. Em 2022, o volume classificado de feijão foi de 37.838,203 toneladas.
De acordo com a Adepará, as cidades com maior demanda de empacotadoras são Ananindeua, Belém, Benevides, Capanema, Castanhal, Marabá, Marituba, Paragominas, Parauapebas, Rio Maria Santa Izabel do Pará e Santarém.
(Agência Pará)