Professores da rede municipal de ensino em Marabá farão uma assembleia no próximo dia 14, onde vão decidir se entram em greve ou não. O motivo da insatisfação da categoria é a costumeira demora da prefeitura em negociar o pagamento de direitos que esses trabalhadores já conquistaram. Por isso, a greve é uma possibilidade real, segundo informou a coordenação geral do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (Sintepp) Subsede Marabá.
“A greve, o movimento paredista, é uma possibilidade. Está dependendo do governo se posicionar, o sindicato está aberto ao diálogo; nós compreendemos que o diálogo é o melhor caminho pra se resolver…e aí depende muito do governo”, afirmou Tatiana Costa, coordenadora geral do Sintepp/Marabá em entrevista à TV Correio (SBT).
Um dos direitos que os trabalhadores da educação exigem é a progressão vertical, que é o aumento de salário para os servidores que subiram de nível escolar (graduação-especialização-mestrado-doutorado).
Leia mais:Além disso, reivindicam também a promoção horizontal, que é um reajuste de 5% a cada três anos, a partir de uma avaliação de desempenho. Caso essa avaliação não seja feita pela prefeitura, a recomposição de 5% passa a ser automática, conforme descrito no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria.
E nos dois casos, quando a prefeitura não faz o pagamento, gera um retroativo, o que vai onerar os cofres públicos em breve. No caso da promoção horizontal, essa situação está parada desde o ano de 2016. “Tem servidor aí que tem R$ 5 mil pra receber, mas tem servidor que tem R$ 150 mil… aí vai ficar impagável, então eu penso que o governo perde a oportunidade, uma vez que a categoria já se manifestou favorável a um acordo, a fazer uma negociação”, explica Tatiana.
Em nota, a prefeitura informou que a diretoria do Sintepp esteve reunida no último dia 31 com o prefeito Tião Miranda e estão mantendo tratativas sobre o assunto. Portanto, segundo a prefeitura, “o assunto está sendo encaminhado da melhor forma possível sem que haja qualquer interrupção no diálogo entre as partes”. (Chagas Filho)