Álcool e volante continuam sendo a má escolha do marabaense. É o que mostram as seis ocorrências de alcoolemia registradas no final de semana (dias 4 e 5), no município. Outro dado alarmante, consequência direta dessa decisão inapropriada, foi a quantidade de mortes por acidentes de trânsito em Marabá e região. Somente no domingo cinco corpos deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) da cidade, em decorrência desses eventos trágicos.
Pedro Henrique Almeida Ferrais, de 19 anos, foi o primeiro a ter o corpo levado ao instituto de necropsia, após morrer em um acidente de trânsito na estrada para Rondon do Pará. Em seguida, o corpo de Waldin Honeise de Barros, de 35 anos, também deu entrada no IML, após ter sido socorrido e levado ao Hospital Regional do Sudeste, em Marabá, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.
A terceira vítima foi o adolescente Felipe Almeida Setubal, de 17 anos, que perdeu sua vida tragicamente na BR-153, em São Domingos do Araguaia. Antônio Wagner da Silva, de 41 anos, também faleceu em uma colisão em Marabá; e na manhã desta segunda-feira, o corpo de Elaine Barros Santos foi o primeiro a dar entrada no instituto pela mesma causa.
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No sábado (4), as duas primeiras ocorrências aconteceram de madrugada. Leandro Dias Sousa foi abordado em uma Blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em frente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na BR-230, Transamazônica, e durante os questionamentos dos agentes, um deles relatou que o condutor tinha sinais claros de embriaguez, estando com olhos vermelhos, confusão mental e andar cambaleante. Diante disso, o teste do bafômetro foi feito, com o consentimento do motorista, e a alcoolemia constatada.
A segunda detenção ocorreu por uma guarnição da Polícia Militar, que durante uma ronda rotineira, visualizou um veículo trafegando na contramão também na rodovia, sentido ao núcleo Cidade Nova. Os policiais, então, foram atrás do suspeito, identificado posteriormente como Arnaldo Sousa da Conceição, que, mesmo com a viatura emitindo sons e sinais de luz para que ele parasse, continuou a conduzir o carro até a região do Km 6, onde só parou com a ajuda de mais duas guarnições que ajudaram a interceptá-lo.
Após os minutos de perseguição, o motorista foi finalmente abordado e o teste do etilômetro foi feito com seu consentimento. A embriaguez foi constatada.
Durante a tarde do mesmo dia, a policiais em motocicletas circulavam pela Avenida Amazonas, no Vale do Itacaiúnas, quando abordaram dois jovens sem capacete em uma moto, o condutor, Lailson Emerson Rodrigues de Moura, sequer possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e carregava consigo, na garupa, um menor. Uma revista foi feita e com o adolescente foram encontradas sete petecas de maconha.
Segundo o relato policial, o jovem disse ter achado a droga na rua e pretendia vendê-la. O homem afirmou que o menor é seu cunhado e não tinha ciência dos entorpecentes. No teste do bafômetro, foi realizado por ele e a embriaguez certificada. Lailson teria, ainda, se alterado quando descobriu que seria preso. Ambos foram encaminhados à delegacia, bem como as drogas e a moto.
Ainda no sábado, Rondeilton Pereira dos Santos, outro motociclista, foi levado à 21ª Seccional por estar dirigindo embriagado. O homem caiu em uma operação da Lei Seca realizada pelo Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), que acontecia na Transmagueira, na Velha Marabá, e não escapou das consequências.
No domingo (6), um acidente de trânsito na entrada do Residencial Novo Progresso, no bairro São Félix II, entre uma moto e um carro, ocasionado pela combinação do álcool e do volante pelo motorista do veículo, Danubio Rodrigues Siqueira, acabou com o motociclista e vítima Joadson da Silva Neves no hospital, com ferimentos leves, e na prisão do acusado, considerando que “caiu” no teste do bafômetro.
Na noite do mesmo dia, o sexto acusado foi apresentado à delegacia por volta de 19h, após cair em uma Blitz da Operação Lei Seca, na Vila Sarandi, 6 km depois de Morada Nova. Rogério Soares de Melo dirigia um carro que não era seu, sob efeito de álcool, quando foi abordado e teve sua alcoolemia constatada pelo teste. O veículo foi entregue ao dono do automóvel. (Thays Araujo)