Correio de Carajás

Com queda de quase 28%, Pará exporta US$ 21,4 bilhões em 2022

Mineração é responsável por 84% da balança comercial do estado, segundo dados do Ministério da Economia.

Trabalhador posa com minério de níquel na fábrica de mineração de níquel da Vale, na Indonésia — Foto: REUTERS/Yusuf Ahmad

O Pará exportou US$ 21.471.250.291 bilhões em 2022, segundo números divulgados pelo Balança Comercial do Pará nesta sexta-feira (20), com dados do Ministério da Economia.

No total, foram quase 180 milhões de toneladas de produtos comercializados no mercado internacional, representando queda de -27,28% em relação ao ano anterior.

O maior setor de exportação foi a mineração, que responde por 84% da balança comercial do estado.

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O balanço aponta ainda que o estado encerrou o ano na quarta posição no ranking por saldo, entre os maiores exportadores do pais.

Segundo o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Pará (CIN/Fiepa), oscilações no cenário econômico da China, um dos principais parceiros comerciais do estado, foram fatores relevantes que impactaram nas exportações paraenses.

Em 2022, o Pará registrou saldo de US$ 18.731.939.049 bilhões, ficando atrás do Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

De acordo com a coordenadora do CIN/FIEPA, Cassandra Lobato, apesar de perder três posições em comparação ao ano passado, o Pará se mantém entre os maiores exportadores do Brasil.

“É sempre importante frisar que, apesar de toda a instabilidade pela qual o mundo está passando, ainda com a presença da Covid-19 e com guerra na Rússia, apenas para citar algumas das situações que trazem incertezas no mercado global, podemos dizer que o Pará conseguiu um resultado positivo”.

O levantamento aponta que o estado conseguiu aumentar em 11,92% a inserção de novos produtos na balança comercial, com total de 1.287 produtos que ainda não faziam parte da pauta de exportação do Estado.

A soja é desses produtos que estão há menos de 10 anos no rol de exportações paraenses. O produto foi responsável por US$ 1.382.444.582 bilhão.

Houve também a cultura do milho em grãos, que registrou crescimento de mais de 300% e US$ 333.486.209 exportados em 2022.

A carne de bovinos teve registro positivo, com crescimento de 45,30%; e o cacau e seus derivados, com exportação de US$ 1.663.425 milhão e variação positiva de 40,56%.

Produtos tradicionais

 

A madeira foi o que teve mais destaque entre os produtos mais tradicionais do Pará.

Em 2022 o setor exportou US$ 351.190.197 milhões, registrando crescimento de 76,18%, tendo como principal destino os Estados Unidos.

O diretor técnico da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex), Deryck Martins, aponta que reformas e decoração podem ter sido fator para o crescimento, mas também enxerga ano de desafios para o setor madeireiro em 2023.

“A recente inclusão do cumaru e do ipê, duas espécies importantes para a produção de madeira, no anexo da Cites – Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, vai impactar na exportação, uma vez que exigirá mais uma licença dentro de um processo já extremamente burocrático, elevando ainda mais os custos de transação”, avalia.

Respondendo por 84% da balança comercial do Estado, a mineração exportou US$ 18.107.755.360 bilhões e 159.230.731 toneladas, sendo que 65,52% de tudo que é exportado pelo Pará tem como destino a China.

O minério de ferro bruto respondeu por US$ 12.797.591.384 bilhões, registrando queda de -41,20% em comparação com o ano anterior.

Parceiros econômicos

 

Entre os blocos econômicos, os principais destinos das exportações paraenses são:

  • Ásia (US$ 14.068.523.686),
  • União Europeia (US$ 3.399.604.724)
  • e América do Norte (US$ 1.717.818.196).

 

No cenário nacional, entre as cidades que mais exportam no Brasil, estão:

  • Parauapebas aparece em terceiro lugar, com um total exportado de US$ 7.021.966.855 bilhões;
  • e Canaã dos Carajás figura em quinta posição no ranking, com um total de US$ 5.782.584.241 bilhões.

(Fonte:G1)