O corpo de Vilma Glória Saraiva Coimbra da Silva, de 60 anos, foi encontrado caído ao solo dentro de sua própria residência na Rua São José, vila São Benedito, em São Domingos do Araguaia, na manhã de terça-feira (17). Vilma foi vítima de um único disparo de arma de fogo que lhe atingiu as costas. Um vizinho dela foi quem primeiro chegou ao local. As investigações sobre o crime estão sob os cuidados da Polícia Civil do município que nada declarou sobre o caso.
Mas, segundo o sargento Serra, da Polícia Militar, era por volta das 9h da manhã de terça quando um servidor público municipal acionou as autoridades para tomarem as providências cabíveis sobre um assassinato ocorrido naquela vila. Ao chegarem ao local constataram a veracidade dos fatos.
Ainda de acordo com o PM, tudo indica que o crime tenha ocorrido durante a noite anterior enquanto a vítima estava ingerindo bebida alcoólica em companhia de outras pessoas em um bar, quando houve uma discussão com uma outra mulher de nome não divulgado, mas não foi confirmado se essa confusão tenha motivado o crime, nem quem o teria praticado.
Leia mais:Vizinhos da vítima perceberam que estava acontecendo um princípio de briga e em seguida ouviram um som como se fosse um tiro, mas não foram ver do que se tratava. Somente pela manhã do dia seguinte foram à casa dela, chamaram pelo seu nome e mediante o silêncio no interior do imóvel entraram na residência e viram a cena: Vilma estava sem vida no chão da cozinha envolta em uma poça de sangue.
Segundo informações coletadas por este CORREIO com pessoas que residem na vila, a vítima também era envolvida com tráfico de drogas. Mas essa informação não foi confirmada pela polícia. Vilma era casada, mas na noite do crime o marido estava de viagem e ninguém sabe ao certo quantas pessoas estavam na casa no momento em que tudo aconteceu.
Nossa reportagem conversou por telefone com Zilma Maria Saraiva Salgado, irmã mais velha da vítima, que mora em São Luís (MA). Ela nos informou que só ficou sabendo do caso na manhã de terça através de um vizinho. Este disse que na noite do crime ouviu dois disparos, mas pensou que fosse algum caçador em atividade.
Zilma ainda nos forneceu um áudio gravado pela própria irmã supostamente na noite do crime dizendo que estava em um bar, mas ali havia uma pessoa com quem tinha batido boca. “Estou aqui em um bar, mas tem uma traíra que gosta de confusão, estou a ponto de dar uma lição nela, mas o marido dela está com um taco (de sinuca) e ele pode me bater”, declarou.
O áudio finaliza com Vilma ameaçando uma mulher que não teve seu nome pronunciado na conversa. Zilma também ressaltou que sua irmã há mais de 14 anos era casada com um homem de prenome Celso, mas que este estava de viagem para um garimpo e que também só teve conhecimento do caso na manhã seguinte do crime.
Interrogada sobre se era de seu conhecimento que a irmã estava envolvida com drogas, ela não pôde confirmar. “Não sei se isso de fato procede, até porque moramos longe e não conversávamos a respeito disso, mas também não posso descartar, já que quando ela morava aqui em São Luís ela tinha sim envolvimento com drogas”, revelou.
Vilma Glória era natural de São Luís (MA) e teve seu corpo removido por uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Marabá para ser submetido a exame de necropsia e posteriormente trasladado para a capital maranhense, para ser velada e sepultada. Em laudo médico consta que ela morreu em decorrência de um tiro de espigada calibre 12 na região das costas. (Luiz Carlos/freelancer)