De acordo com o Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Marabá, em pelo menos uma das mortes ocorridas no Hospital Materno Infantil (HMI), existe denúncia de negligência por parte dos familiares da vítima.
Por telefone, conversamos como o presidente do CMS, Diorgio da Silva Santos, e ele confirmou que familiares da paciente Andressa Alves Lopes, que morreu ao dar à luz na madrugada do dia 12, denunciam possível negligência no HMI.
O presidente do Conselho explicou que o CMS conversou com a família da paciente e foi relatado que ela deu entrada no HMI por volta das 12h do dia 8, encaminhada do município de Itupiranga. “Por ela ter uma gestação de possível risco, o companheiro dela tinha relatado que houve sim negligência por parte do hospital, uma vez que a mesma deu entrada no domingo e só foi realizada ultrassonografia na quarta-feira, dia 11”, relata Diorgio.
Leia mais:“Desde a entrada naquela casa de saúde, a mesma relatava fortes dores no abdômen, sendo submetida somente na data do dia 11 do 1 a uma cesariana; e ele ainda verbalizou que desde a sua primeira gestação, a paciente já tinha histórico de gestação de risco”, continua o presidente do CMS.
FALTA DE MÉDICOS
Questionado se o Conselho Municipal de Saúde cobrou alguma explicação à OS Madre Tereza, que administra o HMI, em relação à recorrente falta de médicos em quantidade mínima para preencher a escala de plantão, Diorgio respondeu que isso foi cobrado na última reunião.
“Se no contrato diz que tem que ter uma escala fechada completa, não tem essa história de faltar médico… A gente já solicitou, através do Conselho, informações deles e, se for o caso, nós vamos botar para abrir um procedimento administrativo pra averiguar de fato se o médico não estava lá, saber quem foi o médico que faltou. Alguém vai ter que ser responsabilizado aí”, afirma Diorgio.
(Chagas Filho)