Com o intuito de proteger o consumidor de eventuais problemas alimentares, servidores do Departamento de Vigilância Sanitária de Marabá estarão presentes durante os nove dias da Feira Agropecuária, que já começa neste sábado (8) no Parque de Exposições “José Francisco Diamantino”. A atuação está prevista no calendário da Divisa, que já realizou ações semelhantes na Festa Junina e também na Praia do Tucunaré, em julho. Para que o trabalho aconteça de forma abrangente, serão disponibilizadas quatro equipes para trabalhar à noite nas fiscalizações de manuseio e segurança alimentar.
“Nós já iniciamos o trabalho de fiscalização prévia, para verificar as condições do funcionamento da Expoama. Porque um dos problemas mais sérios que a gente identificou lá foi a falta de água. Já fizemos uma verificação na semana passada para que eles disponibilizassem um ponto de água em cada barraca que for usada para manipulação de alimentos. Não só o ponto de água, como também o escoamento devido dessa água, para que não haja nenhum transtorno para os visitantes da feira”, confirmou Daniel Soares, chefe da divisão.
Segundo ele, é inadequada a maneira como os ambulantes e barraqueiros vem lidando com as questões de higiene no município. “É com preocupação que eu vejo a situação em que está a manipulação de alimentos nesses ambientes, tanto que nós estamos elaborando um projeto, principalmente, para a Praia do Tucunaré. Para que a gente possa apresentar ao prefeito uma melhor forma de ordenar o comércio naquele balneário, bem como o acampamento e a situação dos flutuantes”, contou, afirmando que, uma vez aprovado, o projeto deve ser implementado no próximo ano.
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FISCALIZAÇÕES
A Divisa finalizou no último fim de semana ações noturnas realizadas em bares (13), restaurantes (25), ambulantes (76) e lanchonetes (29) de Marabá. Neste primeiro momento, Soares explicou que as equipes notificaram e deram orientações aos proprietários. “A gente tem feito várias ações no sentido de coibir irregularidades aqui em Marabá e temos feito um trabalho novamente de conscientização para que a gente possa enfim colocar tudo nos eixos, para não entrar logo com ação coercitiva”, esclareceu.
A operação levou 35 dias e constatou diferentes tipos de irregularidades nos 67 espaços visitados, também cometidas por grande parte dos ambulantes abordados. “A gente tem encontrado muitos produtos irregulares, inadequados, sem armazenagem correta, produtos vencidos e colocados à venda. E o consumidor, às vezes, não vê isso quando está em um bar tomando uma cerveja ou um refrigerante”, alertou Daniel.
Por enquanto, as equipes de orientação pedem para que os proprietários procurem a sede da Divisa para requerer o licenciamento. “Mas nós vamos começar a multar quando [ou se] a gente encontrar novamente irregular”, garantiu.
Após esse processo, o coordenador pretende programar uma nova visita aos espaços visitados para checar se as recomendações e exigências foram colocadas em prática. “Os [estabelecimentos] que não colocarem em prática, serão interditados ou multados”.
DENÚNCIAS
Quem constatar alguma irregularidade no comércio local, poderá procurar a sede da Vigilância Sanitária em Marabá, localizada na Rua Dra. Geni, Bairro Belo Horizonte. Como a unidade não possui contato telefônico é necessário registrar a reclamação pessoalmente, no entanto, a identidade do denunciante é preservada.
“O consumidor é o nosso melhor fiscal, ele pode verificar um produto que entende que está irregular e tem que chamar alguém do supermercado para retirar o produto, senão vai denunciar na vigilância sanitária”. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)