Na tarde desta quinta-feira, 22, uma equipe de Reportagem do Correio de Carajás visitou o comércio marabaense a fim de sanar uma curiosidade: como estão as vendas de cartões de Natal?
As visitas foram feitas em papelarias localizadas nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova. Ao entrar em três lojas, a ausência de display com cartões natalinos chamou a atenção da equipe. Um indicativo de que, ou o estoque já estava zerado, ou ele nem mesmo chegou a ser adquirido. Nessas três papelarias, a resposta correta é a última.
Na Folha 28, Nova Marabá, a vendedora da primeira loja visitada revela que muitos clientes foram até o local em busca do mimo de papel, recebendo uma resposta negativa. Por lá, os cartões não estão sendo vendidos.
“A procura tá muito, muito, muito grande, só que aqui na loja a gente não tem. No ano passado também não tinha”, explica Tailane de Sousa Mourão, 19 anos, vendedora. Ela conta que um item com uma alta demanda são envelopes, utilizados para guardar os convites de final de ano.
Leia mais:Na segunda papelaria, também na Folha 28, a resposta aos clientes é bem parecida, muita procura e nenhum cartão. A diferença é que em alguns casos, os compradores levaram outros tipos de cartões, seja de agradecimento, felicitações ou de amor. Outros compraram canecas ou mimos diferentes.
“A procura por cartões está grande. Não teve vendas porque a gente não comprou esse ano, mas muitas pessoas vieram atrás”, compartilha Aline Amadeus, 35 anos, gerente. Ela acrescenta que em anos anteriores, não houve procura – e venda – de cartões e por isso, em 2022, não adquiriram um novo estoque. “Esse foi justamente o ano que procuraram”, lamenta.
Uma terceira papelaria tradicional, desta vez na Folha 32, é também uma gráfica e por lá a procura pelos cartões tradicionais não aconteceu. Por outro lado, os clientes têm a oportunidade de encomendar cartões personalizados. Além disso, a loja oferece opções de embalagens de presente com tema de Natal. Estas, sim, são bastante procuradas, informou um dos colaboradores do lugar.
Márcio Siqueira Santos, 32 anos, revela que a empresa não compra estoque de cartões devido à baixa procura. Por isso, a loja opta por fabricá-los ali mesmo. “Não tem muita procura (de cartões natalinos), estão atrás mais de embalagens para presentes. Geralmente, como é pouca quantidade, a gente imprime os cartões aqui mesmo, em alta resolução”.
Somente no quarto estabelecimento os cartões foram vistos. A dona da papelaria contou à Reportagem que as vendas estão acontecendo, não tanto como era antes, mas boa parte do estoque adquirido já foi vendido. Ela entende que, atualmente, além da facilidade de criar, imprimir e vender cartões digitais – a própria loja realiza esse trabalho – atualmente os consumidores optam por presentes e recordações que sejam vistos como utilitários: mochilas para crianças e outros materiais escolares; bíblias e demais itens religiosos.
Os cartões, itens que até um tempo atrás eram indispensáveis na entrega de um presente, estão se tornando cada vez mais obsoletos. (Luciana Araújo)