A unidade descentralizada da Fundação Nacional do Índio (Funai) com sede em Marabá realizou uma série de ações de monitoramento territorial em cinco Terras Indígenas, alcançando 45 aldeias das etnias Amanayé, Assurini, Gavião, Suruí e Tembé. Cerca de 5,1 mil indígenas foram beneficiados com a atividade, cujo objetivo foi coibir a atuação de madeireiros, caçadores e pescadores que praticavam ilícitos ambientais.
As operações de monitoramento territorial ocorreram entre os meses de maio e novembro deste ano nas Terras Indígenas Alto Rio Guamá, Barreirinha, Mãe Maria, Xikrin do Kateté e Sororó. Para realizar essas ações, a Fundação investiu aproximadamente R$ 188 mil, incluindo custos com combustível, manutenção de veículos e pagamento de diárias a servidores e colaboradores indígenas. A equipe da Funai contou com o apoio da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Militar do Pará.
Durante as ações, houve a instalação de novas placas de identificação, o levantamento de informações sobre possíveis invasores e a vistoria nos postos de vigilância. A Funai também promoveu reuniões com os produtores agrícolas vizinhos às Terras Indígenas para organizar o combate a incêndios e alertar sobre o risco da presença de madeiros e caçadores. Participaram das ações cerca de 20 servidores do órgão indigenista lotados nas Coordenações Técnicas Locais (CTLs) dos municípios de Água Azul do Norte, Belém, Marabá, Novo Repartimento e Tucuruí.
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O coordenador regional da Funai em Marabá, Adalberto Bezerra, ressalta que as ações de monitoramento são indispensáveis para a proteção das Terras Indígenas beneficiadas. “Não há como os indígenas viverem em paz se as terras que habitam não estiverem livres de invasores. O trabalho de proteção territorial desenvolvido pela nossa equipe é fundamental para garantir esse direito às comunidades indígenas”, pontua.
Para o técnico em Agrimensura da CTL Belém, Antônio Abrahão de Oliveira, a instalação de novas placas de identificação nos limites das Terras Indígenas, que é uma das atividades do monitoramento territorial, facilita o trabalho de fiscalização não só pela Funai, mas por órgãos ambientais. “Em toda a sua amplitude, o trabalho de monitoramento remoto também pode subsidiar atividades do gênero desenvolvida por outras instituições”, ressalta Oliveira.
O cacique da Aldeia Sede da Terra Indígena Alto Rio Guamá, Naldo Tembé, também destacou a importância do trabalho de monitoramento territorial. “Agora todos vão saber onde começa o limite das reservas indígenas e, com isso, não poderão alegar depois que entraram na área sem saber que se tratava de terra habitada por indígenas”, explica o líder da etnia Tembé. (Fonte: Funai)