Os alunos Jõtaiparé Mpoporé, Marília Sanyos e Tayara Kraha, respectivamente, subiram ao pódio nesta quinta-feira (1), após vencerem a primeira edição do concurso de redação Tepit Taihom Pei “Escrevendo e vencendo” que aconteceu na última sexta-feira (25) na Aldeia Krintuwkatêjê, pertencente à Terra Indígena Mãe Maria.
Levando o 1º lugar, Jõtaiparé Mpoporé Kwyikwyire Pepkrakte da escola indígena Tatakti Kyikatêjê foi premiado com R$ 800. Marília Sanyos dos Anjos, estudante da Jathiati Parkatêjê, ficou em 2º na colocação, com uma premiação de R$500. Em 3º e representando a escola indígena Me Akré Kojakat, Tayara Kraha Bandeira Krikati foi premiada com R$300. Os três também receberam troféus, certificado e camiseta oficial do concurso.
A iniciativa, que é a culminância do Projeto Práticas de Redação, sob coordenação do professor Augusto Ribeiro e equipe de docentes da Escola Indígena Estadual Jathiati Parkatêjê foi planejado visando incentivar os educandos do Ensino Médio à produção de textos dissertativos-argumentativos.
Leia mais:A intenção é melhorar o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e outros processos seletivos, como também proporcionar discussões sobre temas pertinentes aos interesses dos povos indígenas, como meio ambiente, tradições culturais, territórios, entre outros.
A redação do Tepit Taihom Pei abordou o tema “Desafios para a revitalização da Língua Indígena Gavião”, onde os candidatos tiveram que redigir um texto dissertativo-argumentativo apresentando proposta de intervenção para o tema. Este, de vital importância para a preservação da cultura e identidade do povo indígena gavião.
O concurso, neste primeiro momento, contemplou os alunos do 3º ano do Ensino Médio regularmente matriculados nas escolas indígenas locais. Foram inscritos 22 alunos que concorrem às premiações. Os estudantes participantes representaram mais de sete escolas e aldeias da T.I Mãe Maria.
O número é considerado expressivo, se tratando de uma primeira competição com tal nível de abrangência, considerado pela coordenação como projeto-piloto de outros que estão por vir. Pois, apesar de ser uma extensão, funcionando a poucos meses, a Escola Jathiati Parkatêjê surge com protagonismo na educação escolar indígena, isso, devido ao apoio da liderança da comunidade Krintuwakatêjê.
A unidade educacional representada pela cacique Rãrãkre Parkatêjê, com uma equipe pedagógica que realizou aulões semanais intensivos gratuitos para todos os candidatos participantes, como preparação para o concurso, seguindo o modelo de exigência do ENEM. (Thays Araujo)