Familiares e amigos se reuniram, na noite desta terça-feira (29), na Escola Marluce Massariol, no Bairro União, em Parauapebas, para prestar homenagem a Deyvison Charles da Silva, adolescente de 17 anos assassinado na madrugada da última segunda-feira (21), nas proximidades de um bar na Palmares II, zona rural do município.
Evelyn da Silva Cardoso, amiga do jovem, foi quem organizou toda a homenagem e se emocionou ao falar do amigo. “Me referir ao Deyverson no passado ainda é um pouco difícil, porque eu ainda não acredito que ele morreu”, lamentou. Ela explicou que organizou tudo como uma forma de sentir que ele ainda estaria lá. “Eu fiz uma homenagem do jeito que eu sei que ele ia gostar, com algumas memórias dos amigos dele, da família… alguns momentos que realmente foram marcantes”.
A diretora da escola, Ana Francisca, conta como era Deyvison na sala de aula: “Era um aluno tranquilo. Os professores diziam que ele era um bom aluno, era frequente e divertido”. A mãe do adolescente, Silvana da Silva Rios, por sua vez, agradeceu a homenagem e soube o quanto o filho era amado pelos colegas de classe: “Fiquei muito feliz porque onde meu filho ia ele era amado. Ele era um bom filho”.
Leia mais:Apesar disso, a família lamenta a morte precoce do jovem e cobra justiça e celeridade das autoridades, que já identificaram – por meio da Divisão de Homicídios da Polícia Civil – o suspeito: Valmir Nascimento Marinho, que já está foragido há mais de uma semana.
O CASO
Deyvison foi morto por volta das 1h40 da segunda-feira (21) na Rua Jerusalém, na Palmares II. De acordo com informações colhidas com a Polícia Civil, o suspeito teria assassinado o adolescente por engano após ser abordado por um terceiro, ainda não identificado, que teria impedido o homem de agredir as duas filhas.
Valmir Nascimento Marinho teria, então, ido para casa e pego uma arma de fogo, que usou para tirar a vida do jovem de apenas 17 anos com um tiro na cabeça. Logo depois do crime, ele ainda teria voltado à residência e declarado que “fez besteira” antes de fugir.
Procurado pela equipe de reportagem do CORREIO, o delegado Melquisedeque Ribeiro, responsável pelo caso, explica que já foi providenciado o pedido de prisão preventiva e aguarda a manifestação do Poder Judiciário, para que possa completar a prisão de Valmir.
A identificação foi realizada a partir de um vídeo das câmeras de segurança no local, que mostram o momento que o jovem é assassinado. As testemunhas também auxiliaram na identificação. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)