Enquanto muitos marabaenses levantaram cedo nesta segunda-feira (7) para irem trabalhar, manifestantes que autointitulam “patriotas” decidiram não abrir a porta de seus comércios e foram fortalecer o protesto em frente ao quartel do 52º Batalhão de Infantaria e Selva (BIS), na BR-230, como já haviam anunciado através de grupos de WhatsApp. No total, aproximadamente 250 empresas amanheceram e permaneceram fechadas ao longo do dia, segundo levantamento do presidente do Sindicom (Sindicato do Comércio de Marabá), Raimundo Neto.
Segundo ele, os empreendimentos comerciais aderiram ao protesto em apoio ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas pelo ex-presidente Lula (PT). Os envolvidos na paralisação estão descontentes com o resultado das urnas e iniciaram vários protestos logo no dia seguinte após o pleito eleitoral, com o fechamento temporário de rodovias em todo o país.
A convocação para a suspensão das atividades foi feita ontem (6) e circulou pelo WhatsApp uma lista que contava com quase 100 empresas que já anunciavam aderir ao protesto de hoje. Apesar da grande aglomeração de patriotas na Transamazônica, a pista está liberada, no entanto, com enorme engarrafamento. Os manifestantes seguem acampados no acostamento e o protesto segue pacifico até o momento.
Leia mais:A reportagem do CORREIO conversou com alguns comerciantes, que disseram, que fecharam as portas para não desagradar os produtores rurais, seus principais clientes. Várias lojas estavam atendendo a clientes por telefone e fazendo entrega informalmente. (Thays Araujo)