O Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC), que realiza protestos contra o resultado da eleição presidencial e defende pautas conservadoras, está convocando uma greve geral para a próxima segunda-feira (7) em todo País.
O objetivo é que o comércio e a indústria fiquem fechados no Brasil inteiro, enquanto os manifestantes se concentram em frente aos quartéis do Exército Brasileiro pedindo “intervenção federal”.
O Correio de Carajás procurou algumas pessoas que fazem parte do grupo, mas foi informado que não existe uma liderança central.
Leia mais:Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra alguns representantes do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá convidando a população para uma manifestação pacífica.
“Convidamos todos os produtores, o pessoal do agronegócio, presidentes de sindicatos rurais de Xinguara, Redenção, São Félix do Xingu, venham pra cá. Vamos fazer uma manifestação pacífica em prol do nosso futuro”, disse Ricardo Guimarães, presidente do Prorural.
À reportagem, por telefone, Ricardo afirma que o movimento está recebendo o apoio de jovens, sindicatos, produtores rurais, caminhoneiros entre outros grupos.
“Tem muita gente chegando das cidades vizinhas, já estão acampando por aqui. Entre domingo e segunda vamos receber mais de 20 mil pessoas”, acredita.
Questionado sobre o real motivo da manifestação, Ricardo é enfático. “A gente não sabe a veracidade de tudo o que a gente vê. Estamos reivindicando o resultado da eleição presidencial”.
Entre uma das pessoas que estão participando da convocação, Raimundo Neto, que atua como presidente do Sindicato do Comércio de Marabá (Sindicom) ressalta que está participando como eleitor e como cidadão. Pela entidade não, ela não pode aderir a esse tipo de movimento, o estatuto não permite. Estou como voluntário”.
Questionado, como representante do Sindicato, como ele via essa situação do comércio ser fechado, Raimundo Neto afirma que o Sindicom fica omisso porque abriga empresas de todos os segmentos e pessoas que são da esquerda, da direita e do centro.
“A entidade é vedada por força de estatuto de não fazer isso. Mas, não é ruim. Eu, particularmente, vejo que é o momento que o pessoal tem que se unir, um momento crucial que o país está passando e precisa ser decidido. Pessoal achou melhor fazer esse tipo de mobilização na frente dos quarteis. Acredito que para alguns comerciantes é bom, aí é só de consciência. A gente só vai saber se é bom daqui um tempo, porque no momento a gente não tem como dizer se está bom ou está ruim. O certo é que não é bom fechar comércio, mas a gente passou mais tempo fechado na pandemia né?”, comparou.
Manifestação
Os manifestantes defendem que a pauta deixou de ser em prol do presidente Jair Bolsonaro (PL) e agora são sobre os ideais da pátria, família e liberdade, além de lutarem contra o comunismo, que está sendo associado ao presidente eleito democraticamente através do voto popular, Lula (PT). (Ana Mangas)