Elon Musk resolveu usar memes para ironizar as pessoas que reclamam pela cobrança de US$ 8 (equivalente a R$ 40,10) mensais pelo selo verificado do Twitter.
Em uma primeira postagem, feita nesta quarta-feira (2), o novo dono da rede social publicou a ilustração de um boneco feliz por ter pago US$ 8 em uma bebida da rede de cafeterias Starbucks, cuja degustação seria feita em 30 minutos.
Na mesma postagem, o boneco aparece chorando e irritado por pagar os mesmos US$ 8 pelo selo verificado por um período de 30 dias.
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Uma hora depois, em uma segunda postagem, um boneco com selo verificado reclama: “US$ 8 mensais pelo selo de verificação? Isso é demais para ter ‘liberdade’ de expressão”.
Diante desse argumento, o primeiro boneco se cala.
Musk X Ocasio-Cortez
O bilionário também usou sua conta pare rebater Alexandria Ocasio-Cortez. A deputada democrata criticou a cobrança dos US$ 8 pelo selo verificado.
Em resposta, o bilionário publicou a imagem de um suéter vendido pela deputada em seu site pessoal: a peça de roupa custa US$ 58.
A publicação de Musk não ficou sem resposta.
“Meus funcionários são sindicalizados, recebem um salário suficiente para suas necessidades, têm plano de saúde e não são sujeitos a racismo em seus locais de trabalho. E os itens que eles criam são feitos nos Estados Unidos. A equipe Alexandria Ocasio-Cortez honra e respeita os trabalhadores. Você deveria tentar fazer isso ao invés de prejudicar sindicatos”.
“Agradecemos seu feedback (retorno), agora pague os US$ 8”.
Entenda a cobrança
O novo presidente-executivo do Twitter, Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (1º) que a rede social deve começar a cobrar US$ 8 (equivalente a R$ 40,10) por mês dos usuários pelo selo de verificado em suas contas.
O selo deve fazer parte do novo “Twitter Blue”, versão paga da rede social que será reformulada por Musk. Atualmente o distintivo é concedido a celebridades, políticos, atletas e jornalistas, sem cobranças adicionais.
“Poder ao povo! [Twitter] Blue por US$ 8 por mês”, completou.
Benefícios do Twitter pago
- “prioridade nas respostas, menções e pesquisa”;
- “capacidade de postar vídeo e áudio longos”;
- “metade dos anúncios”;
- e “desvio de paywall dos publicadores” que trabalharem com a rede social.
Compra do Twitter
A novidade de cobrar por verificação faz parte de uma série de anúncios de Musk desde que finalizou a compra do Twitter, por US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões), na última quinta-feira (27).
O processo durou seis meses e foi marcado por idas e vindas de Musk, que em julho deste ano chegou a desistir do acordo e argumentou ter sido enganado pela empresa.
“A análise preliminar dos consultores de Musk das informações fornecidas pelo Twitter até o momento faz com que ele acredite fortemente que a proporção de contas falsas e de spam incluídas na contagem de usuários relatada é muito superior a 5%”, afirmaram na época advogados do bilionário.
Ele foi processado pela plataforma para concluir a compra e o negócio foi à Justiça. Em outubro, Musk voltou atrás e desistiu de sair do acordo.
Segundo a imprensa dos EUA, Musk teria voltado atrás porque sua equipe legal percebia que provavelmente não conseguiria vencer a disputa judicial contra a rede social.
(Fonte:G1)