Condenado a nove anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, em 2013, o ex-jogador Robinho teve seu pedido de extradição a Itália negado pelo Brasil.
O pedido foi negado com base no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. Contudo, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil, de acordo com fontes ouvidas pela Agenzia Nazionale Stampa Associata (Ansa), principal agência de notícias italiana.
Ao UOL, o advogado da vítima disse que já esperava a decisão do governo brasileiro e que espera que a condenação seja cumprida no Brasil.
Leia mais:“Essa era uma resposta previsível. Conhecíamos a Constituição brasileira, mas o que nos sensibiliza é que nesse caso específico um instrumento que deveria defender o cidadão foi usado como escudo para fugir da condenação e para obter impunidade. Agora esperamos que a pena seja executada no Brasil, mas sei o que há a necessidade de se fazer um outro processo para isso”, disse Jacopo Gnocchi.
Relembre o caso
O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.
De acordo com acusação da vítima, Robinho e seus amigos teria oferecido bebida a mulher até deixa-la inconsciente antes de cometerem o crime no camarote da boate, onde praticaram “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
O caso voltou à tona no fim de 2020, quando o jogador foi anunciado pelo Santos, em outubro. A repercussão da contratação, no entanto, foi a pior possível. Torcedores do Peixe e de outras equipes condenaram a diretoria e o atleta pela contratação.
Vale lembrar que após ter uma conversa telefônica grampeada, Robinho afirmou que não estava ligando para a investigação pois a vítima estava bêbada e não se lembra do ocorrido.
“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu” disse o ex-jogador ao amigo Jairo Chagas.
“Olha, os caras estão na m****. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f***** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela”, completou.
Porém, Chagas afirmou ter visto o brasileiro “colocar o pênis dentro da boca” da vítima, e Robinho rebateu dizendo que “Isso não significa transar”. De acordo com os advogados do , as relações com a vítima foram consensuais.
(Fonte: Metrópoles)