Equipe de reportagem do CORREIO recebeu ameaças e intimidações nesta quarta-feira (2) enquanto cobria manifestação de apoiadores do presidente Bolsonaro em frente aos quarteis do Exército, na BR-230. Um indivíduo entre os manifestantes abordou de forma ostensiva e ameaçou o fotógrafo Evangelista Rocha usando os termos: “Você não sabe quem eu sou, mas eu sei quem você é. Eu te acho. Vou te pegar”. Esta fala, claramente uma promessa ameaçadora ao profissional se deu de forma gratuita, e ainda sob olhares e conivência de outras pessoas que, embora ali estivessem alegando lutar pela “liberdade” e “correção”, nada fizeram para impedir a atitude de má índole e criminosa do participante do ato. O fotojornalista registrou Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil e também entregou imagens do seu agressor às autoridades para se resguardar quanto ao ocorrido.
Ameaças 2
Da mesma forma, dois dias antes, equipe da TV Correio (SBT) passou pelo mesmo constrangimento ao cobrir o bloqueio na BR-155. O Sinjor emitiu nota se solidarizando com a nossa equipe e repudiando a ocorrência. “O Sindicato de Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) vem publicamente repudiar os xingamentos contra a equipe do SBT Marabá, ocorridos na tarde da última segunda-feira, dia 31 de outubro, quando os profissionais faziam reportagem sobre o protesto de manifestantes bolsonaristas, que interditam o Km 6 da rodovia BR-155, com pautas antidemocráticas, que ferem a Constituição. A repórter Gecelha Sobreira e o repórter-cinematográfico Jhean Brito foram intimidados e xingados com as palavras ‘imprensa lixo’ por alguns manifestantes. Devido essa situação, os jornalistas se retiraram do local para se resguardar. Agressões e xingamentos contra a imprensa no Estado Democrático de Direito devem ser intoleráveis por toda a sociedade”, diz trecho da nota.
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