Correio de Carajás

Finados: Homenagens reúnem 10 mil pessoas em cemitérios de Parauapebas

O Dia de Finados, celebrado no segundo dia de novembro, é uma data para lembrar daqueles que já se foram como forma de torna-los eternos. Muitas pessoas costumam se dirigir aos cemitérios para prestar suas homenagens aos antes queridos. Diante disso, as administrações montam programações especiais para acolher os visitantes nesse momento de sensibilidade. Os cemitérios de Parauapebas – Parque da Saudade e Cemitério do Rio Verde – montaram uma programação com início às 7h e final à 19h nessa quarta-feira (2).

A expectativa, explica Morvan Cabral Abreu, secretário de urbanismo do Município, é de 10 mil pessoas visitando os dois cemitérios durante todo o dia. Para isso, cerca de 150 servidores foram direcionados aos dois locais para oferecer suporte e acolhimento aos que precisam. O secretário também declarou que, em média, três pessoas são enterradas por dia no Parque da Saudade, que já chegou a 860 enterros esse ano.

O Cemitério do Rio Verde já está totalmente ocupado e o Parque da Saudade tem cerca de 90% da sua capacidade preenchida, mas licitações para a criação de um novo – que terá sistema vertical (gaveta) – já foram iniciadas, com início das obras previsto para janeiro de 2023, afirmou Morvan.

Leia mais:

Fábio Junior Sacramento, coordenador do Parque e lotado da Secretaria Municipal de Urbanismo (SEMURB), explicou à reportagem que os servidores tem como função disponibilizar velas, flores e água às famílias enlutadas. Além disso, algumas equipes ficaram responsáveis por orientar a localização dos túmulos àqueles que tiverem dificuldades para encontrar.

“É um trabalho bastante humano, onde a gente sabe que as pessoas que vem ao cemitério, vem para fazer uma homenagem e chegam abaladas, emocionadas. A gente tem toda uma equipe preparada para receber essas pessoas e orientar, além de dar uma mensagem de conforto”, afirmou o coordenador.

Antonio Cuna fez sua habitual visita ao cemitério, mas não encontrou dificuldades para encontrar o túmulo. “Antes a gente tinha que procurar na parede, agora eles mesmos estão passando tudo. E é muito rápido, né? Até o fluxo melhorou”, elogiou o motorista.

Wellaine também apareceu para fazer uma das duas visitas que faz todo ano ao túmulo do seu avô. “Hoje em dia, o que fica é a saudade. Todo ano eu venho aqui no Dia de Finados e no dia que ele completa mais um ano de morte”. Ela foi acompanhada da família na visita ao patriarca.

Três missas foram celebradas na capela do cemitério, às 8h, às 10h e às 16h. O padre Hudson Rodrigues da Silva, que ministrou as missas pela manhã, afirmou em entrevista que cerca de mil pessoas estiveram presentes na primeira delas, e um número bem mais reduzido – cerca de 500 pessoas – estiveram na missa das 10h.

“É um momento de muita fé, onde a gente tem como tradição e inspiração na Sagrada Escritura rezar pelos nossos entes queridos e amigos que nos antecederam. A gente sempre fala que hoje não é um dia de tristeza, mas um dia de silêncio, de oração, de saudade, onde expressamos nossa fé na Vida Eterna. Somos inspirados pela ideai que a morte não é um fim, mas uma passagem”, concluiu o Padre. (Clein Ferreira)