Certamente você já ouviu falar do calendário maia, do chinês, do judaico… Mas, para além dos mais difundidos no mundo, há cerca de 40 contadores de tempo em uso ainda hoje. A Etiópia, por exemplo, segue um calendário especial, e está sete anos e oito meses “atrasada” com relação ao calendário usado no Brasil.
O calendário utilizado no País é o gregoriano, modelo adotado na maior parte do mundo, especialmente no ocidente. Do ponto de vista temporal, enquanto as nações que, assim como o Brasil, usam esse modelo consideram estar na passagem do mês 9 para o mês 10 de 2022, na Etiópia, é o ano de 2015.
Calendário etíope: o país com o ano de 13 meses
Também conhecido como Calendário Eritreu, o principal contador de tempo usado na Etiópia possui 13 meses, sendo 12 meses com 30 dias de duração e um 13º mês de cinco ou seis dias, dependendo se o ano é bissexto ou não.
Isso acontece porque o cálculo é feito a partir do nascimento de Jesus Cristo, entretanto, ele não seguiu o ajuste feito pela Igreja no século VI, pelo papa Gregório XIII. Esse calendário também é usado na Igreja Ortodoxa tewahido.
Isso faz com que eles estejam entre sete e oito anos atrasados em relação ao gregoriano. Outra curiosidade é que o Ano Novo etíope sempre cai no dia 11 de setembro ou 12 em anos bissextos.
Existem ao menos 40 calendários ao redor do planeta
Os “contadores de tempo” podem ser classificados em três tipos: os solares, que têm como base o movimento da terra em torno do sol, os calendários lunares, que usam como base o movimento da Lua e os lunissolares, que se baseiam no movimento do sol e da lua.
Acredita-se que os primeiros calendários estavam ligados às estações do ano e eram utilizados para marcar o início das atividades agrícolas, e ao longo do tempo foi sendo incorporado dentro da sociedade, sendo utilizado para festas religiosas, início das estações do ano, etc, até chegar ao uso que conhecemos hoje.
Um dos primeiros registros que se tem de um objeto utilizado para contar o tempo é o Osso de Lebombo, uma parte da perna de um babuíno, encontrado na África do Sul datado de 35.000 a.C.
No objeto foram identificados pequenos traços feitos por humanos, que, de acordo com pesquisadores, eram usados como um “calendário”, contando os dias, possivelmente referentes ao calendário lunar.
Nas civilizações antigas, os sumérios tinham um calendário parecido com o que conhecemos. O ano era dividido em 12 meses de 30 dias cada.
Já na Babilônia, o calendário era baseado nas fases da lua, onde o ano era constituído de 12 meses de 29 dias. Entre os egípcios, o contador de tempo possuía 360 dias, que eram divididos em 12 meses de 30 dias e acrescentavam mais cinco dias no final de cada ano.
(Fonte: O POVO)