A primeira sessão na Câmara Municipal de Marabá após as eleições foi marcada por um clima nada amistoso entre os vereadores Fernando Henrique e Marcelo Alves. O neófito no Parlamento, que também foi candidato a deputado estadual, discursava agradecendo pela expressiva votação que recebeu na eleição para deputado estadual, embora não tenha sido eleito.
Esquerda x Direita II
Em dado momento (pode ser conferido na transmissão que está gravada no Facebook da Câmara), Fernando Henrique disse que sua missão para o segundo turno será trabalhar para ajudar a reeleger Bolsonaro presidente do Brasil. Em dado momento, ele foi assertivo: “agora tenho uma missão, assim como estive em minha campanha todos os dias na rua. Não podemos jamais entregar esse País à esquerda, uma esquerda maldita, que roubou, que saqueou. Respeito todo mundo que está do outro lado, mas tenho minha posição e jamais vamos desistir e cruzar os braços”.
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Minutos depois, quando usou a tribuna, o vereador Miguelito elogiou todos os colegas que concorreram a cargo eletivo e pediu a Fernando Henrique mais respeito, fazendo referência ao uso do termo “esquerda maldita”. “Eles estão imbuídos do melhor propósito, tanto o Lula quanto o Bolsonaro e não cabe a ninguém o desrespeito a nenhum dos dois”.
Esquerda x Direita III
Depois, Fernando Henrique voltou a falar sobre seu posicionamento e abriu-se uma discussão mais ampla, com Ray Athie manifestando-se contrário ao posicionamento de FH. “A palavra maldito não cabe a um homem de Deus, como você é”, retrucou Miguelito. Alecio Stringari também entrou no debate, ponderado, sugerindo respeito mútuo. “Cada um tem a liberdade de expressão garantida, mas de forma respeitosa. Quem tem de ganhar nesse processo todo são Marabá, Pará e o Brasil”, destacou.
Marcelo Alves (PT) foi mais contundente. E disse que o tipo de política que está fervendo nas redes sociais não deveria estar no parlamento marabaense. Também pediu um tratamento respeito, assim como fazem os vereadores-pastores Eloi Ribeiro e Ronisteu Araújo, de direita.
Caravana Cultural
A Caravana do Patrimônio Cultural Brasileiro inicia, em 10 de outubro, a temporada de 15 dias em Marabá. Montado em um espaço de 520 m², o projeto permite, por meio de sete diferentes experiências interativas e sensoriais, que o público, a partir de cinco anos de idade, tenha a oportunidade de conhecer sobre o patrimônio material, imaterial, arqueológico e mundial. Todo o percurso é uma verdadeira viagem, que inclui brincadeiras, música, dança, games, exploração arqueológica com lupa e lanterna, transporte simulado de balão para diversas cidades do país, e muito mais.
Caravana Cultural II
A Caravana é gratuita, aberta ao público em geral todos os dias, em dois turnos, manhã e tarde, com acesso prioritário de grupos escolares agendados, e tem capacidade de receber até 400 pessoas diariamente. O projeto iniciou sua jornada de sete meses por oito municípios do interior do Nordeste e Norte em junho em Pindaré-Mirim, no Maranhão.
Produzida pela carioca LP Arte, a Caravana é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem parceria das secretarias de educação das cidades visitadas. A Design de Experiência Veronica Marques foi responsável pela criação das vivências inéditas, modeladas especialmente para cada etapa do projeto.
Crismu no Outubro Rosa
O Centro de Referência Integrada à Saúde da Mulher (Crismu) está organizando a programação especial para a campanha Outubro Rosa, período em que são intensificadas as ações de combate e prevenção ao câncer de mama em todo o Brasil. A programação terá início no próximo dia 15 e encerrará no dia 22, incluindo atendimentos noturnos e aos finais de semana.
40 anos de impunidade
O Estado brasileiro foi considerado responsável pelo assassinato do advogado Gabriel Sales Pimenta, ocorrido em 1982 em Marabá (PA). A sentença foi anunciada nesta terça-feira (4) pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Ele foi morto com três tiros pelas costas e um fazendeiro foi apontado como mandante. Assim, afirmam os ministros da Corte, o Estado é “responsável internacionalmente pela violação dos direitos e garantias judiciais, proteção judicial, o direito à verdade e à integridade pessoal em prejuízo dos familiares do defensor de direitos humanos Gabriel Sales Pimenta”.
Isso é resultado, prosseguem, “das graves falhas do Estado às investigações sobre sua morte violenta e a situação de absoluta impunidade em que o homicídio se encontra até hoje”. A Corte concluiu que o Brasil “não cumpriu com sua obrigação de agir com a devida diligência na investigação”.