Na manhã desta sexta-feira, 30, estudantes do ensino médio da E.E.E.M O Pequeno Príncipe realizaram uma manifestação pacifica na Avenida VP-08, Nova Marabá em Marabá. Entre as pautas dos alunos, a principal é sobre a estrutura do prédio em que estudam, que não é principal da escola, mas um anexo. O espaço localizado na Folha 26 foi alugado pelo governo do Estado, para comportar as turmas do ensino médio da escola.
Assim como acontece com outras instituições de ensino em Marabá, O Pequeno Príncipe tem sua estrutura principal dividida entre estado e município.
O que atualmente é chamado de “anexo”, anos atrás era uma escola particular de educação infantil. Hoje o prédio é local de ensino para adolescentes de oito turmas do ensino médio. Os atuais ocupantes do prédio pedem por uma estrutura física mais adequada, pois no momento o local conta com: salas de aula pequenas, sem janelas e ventilação, além de banheiros precários. Eles pedem, ainda, por uma melhoria na merenda escolar.
Leia mais:Apesar das dificuldades, o ensino recebido pelos adolescentes merece destaque. Os alunos alcançaram uma taxa de aprovação de 95 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021, a mais alta de Marabá. “O Pequeno Príncipe tem uma das melhores notas do IDEB, então nós temos resultados para mostramos que se tivermos condições, podemos fazer mais ainda”, expressa Pollycléssio Mota Sá, professor de filosofia.
Vitória Maria dos Santos Carvalho, 18 anos, estudante do 3º ano, explica que as solicitações visam beneficiar os alunos que futuramente irão ingressar no Pequeno Príncipe: “Estamos aqui hoje para pedir esse apoio, e espero que sejamos ouvidos e que tenhamos um retorno, para as próximas pessoas que vierem. A gente sabe que não é de imediato que as coisas acontecem”.
Ela contou à Reportagem do CORREIO que vaquinhas foram realizadas entre os estudantes, para aquisição de centrais de ar e realização de outras melhorias no prédio.
A manifestação dos alunos fechou a VP 8 no estilo pare e siga: por alguns momentos eles bloqueavam o trânsito, levantando cartazes e proferindo palavras de ordem e após alguns minutos o fluxo era liberado e os adolescentes permaneciam na lateral da via. O ato durou em torno de uma hora e o propósito dos alunos era chamar a atenção da sociedade e do poder público para seus pedidos, sem atrapalhar o trânsito e nem a rotina do marabaense.
NOTA DA 4ª URE
Procurado pelo CORREIO, Magno Barros, diretor da 4ª Unidade Regional de Ensino de Marabá (4ª Ure), emitiu a seguinte nota: “O local onde funciona hoje o anexo da escola, é todo climatizado e oferece boas condições dentro do que é possível encontrar para alugar, de fato as salas são pequenas, acredito ser essa a principal reclamação. No entanto, tanto a direção da escola quanto a 4ª Ure estão de portas abertas para ouvir as reclamações e juntos, comunidade escolar e Seduc, encontrarmos soluções”.
(Luciana Araújo)