Os pais da menina de 11 anos, que engravidou pela segunda vez após estupro, concordaram que a filha interrompa a gestação. A informação, divulgada nessa terça-feira, 20, é do portal G1. De acordo com o pai da menina, a ex-mulher e mãe da jovem teria voltado atrás na decisão de não concordar com o aborto. No Brasil, em casos de estupro, o procedimento é autorizado pelo Código Penal.
“Estamos aguardando o laudo médico e novos exames para fazer a interrupção da gravidez. Ela quer tirar a criança. Minha filha está bem, vem recebendo um bom tratamento”, contou o pai. A vítima está acolhida, junto com seu bebê fruto do primeiro estupro, em um abrigo especializado. A equipe médica da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina (PI), vai analisar a possibilidade do aborto. A Justiça ainda não se posicionou sobre a nova decisão dos pais da jovem.
Entenda o caso
Leia mais:A segunda gestação da menina foi descoberta no dia 9 de setembro, quando ela estava acolhida em outro abrigo pelo Conselho Tutelar, que registrou um boletim de ocorrência.
A criança engravidou pela primeira vez ainda em 2021, há um ano e oito meses, vítima de estupro. Na ocasião, o suspeito era um primo da menina, que foi assassinado meses depois da descoberta da gestação. Por isso, o processo foi arquivado.
O pai da vítima informou que a primeira gestação, que aconteceu em 2021, foi levada até o fim, por opção da família.
Busca por suspeitos
Até o momento, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga dois suspeitos de terem cometido o crime de estupro de vulnerável. Os homens pertencem ao núcleo familiar da garota.
“O perfil dos suspeitos não sai das nossas regras, são suspeitos que tinham contato com ela, faziam parte do cotidiano dela. E nos depoimentos, a gente vê que não só essa criança estava vulnerável, sem falar que ela é a mais velha. Existem mais cinco crianças nesse mesmo ambiente”, informou a delegada e responsável Lucivânia Vidal, em entrevista ao portal G1.
De acordo com a delegada, outras pessoas também podem ser responsabilizadas pelo crime cometido. Ela alega que houve negligência por parte da família ou dos órgãos que foram a rede de proteção da vítima após a primeira gravidez, como Conselho Tutelar, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) e outros.
Conforme Lucivânia Vidal, o inquérito referente ao estupro que resultou na primeira gravidez pode ser reaberto e ter novidades.
(Fonte: G1)