Cursos gratuitos de auxiliar administrativo, designer de sobrancelhas e manicure serão oferecidos nesta terça e quarta-feira (6 e 7), em Marabá, pelo Projeto Entre Elas, da Fundação PARAPAZ, em parceria com o Sebrae. Voltada para mulheres, a iniciativa prevê capacitar e propor a independência financeira feminina como uma forma de lutar contra a misoginia que cerca a sociedade.
O intensivo acontecerá de 8h às 17h e as inscrições serão feitas presencialmente somente para quem comparecer no horário inicial à Agência Carajás I, localizada na Folha 28, quadra 42, no núcleo Nova Marabá. Serão disponibilizadas 30 vagas para design de sobrancelhas, 30 para manicures e 50 vagas para auxiliares administrativos, voltados a meninas e mulheres acima de 14 anos que, no final, receberão o certificado de capacitação.
Psicóloga e atuante do Projeto Entre Elas, Isabella Lobo explica que o curso faz parte de uma mobilização da Fundação em capacitar mulheres para entrarem no mercado de trabalho e consigam empreender e, dessa forma, garantir sua independência e liberdade financeira. “Quando a mulher se vê possibilitada de fazer conquistas, ela trabalha a própria autoestima e consequentemente seu empoderamento. Isso é fundamental para evitar a submissão feminina nos relacionamentos”, afirma.
Leia mais:O projeto por si só é voltado para atender mulheres em vulnerabilidade social como vítimas de violência doméstica. Rodas de conversas que elucidam os limites e direitos de cada indivíduo são realizadas periodicamente no Estado e, através delas, demandas são captadas e solucionadas, suprindo as necessidades individuais de cada mulher, sejam elas de cunho social e/ou econômico.
O programa, que nasceu em Belém, já esteve outras duas vezes em Marabá. Na época a ação proporcionou uma nova oportunidade de realizar gratuitamente a 2ª via de Carteiras de Identidade: “Muitas mulheres que vivem em ambientes hostis e cercadas de violência acabam por abandonar esses meios após agressões e ameaças e, por consequência, abandonam seus objetos pessoais, como fotos e documentos”, explica Isabella Lobo sobre o feito do projeto. (Thays Araujo)