Na manhã desta quarta-feira, 31 de agosto, o Ministério Público Estadual e o Centro Profissionalizante “Pedro Arrupe” da Obra Kolping do Brasil realizaram a aula inaugural da sexta edição do Projeto Qualifica, com a recepção calorosa para os 410 matriculados em 7 cursos profissionalizantes, sendo 285 adolescentes e jovens e 125 adultos.
A cerimônia ocorreu no auditório da Obra Kolping, na Avenida Manaus, Bairro Belo Horizonte, com cerca de 300 pessoas – entre alunos e familiares – além de gestores, professores e representantes de entidades como Ministério Público Estadual, Secretaria Municipal de Educação e Territórios Educativos.
Os cursos oferecidos pela Obra Kolping têm duração entre cinco a seis meses e, ao final, os nomes dos jovens qualificados vão para um banco de dados e muitos são chamados pelas empresas para o primeiro emprego. São cursos de informática básica e avançada, mecânica de automóveis, auxiliar administrativo, eletricidade predial, manutenção de ar condicionado e corte e costura básica.
Leia mais:A promotora de Justiça Alexssandra Muniz Mardegan, autora e coordenadora do projeto, relembra que ele foi idealizado inicialmente para oferecer formação a adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social e que eram ligados ao CRAS. Como a entrada no SENAI era mais rigorosa, a Obra Kolping abriu as portas para formação desse público, com recursos revertidos pelo Ministério Público do Trabalho em acordos extrajudiciais ou destinação de valores decorrentes de condenações e processos judiciais na Justiça do Trabalho.
“As dificuldades de inserir adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa nos cursos profissionalizantes regulares eram enormes, visto que não preenchiam os requisitos de escolaridade mínima exigidos, bem como a reduzida oferta de cursos profissionalizantes que atendiam as peculiaridades desse público no município, limitando a inserção deles no mercado formal de trabalho”, recorda a promotora.
Alexssandra também motivou os matriculados da 6ª edição do Qualifica a se dedicarem aos cursos e disse que o MPPA acompanha todas as etapas e tem contribuído com a gestão da Obra Kolping na solução de questões específicas para evitar a evasão. “Deem o seu melhor, se dediquem e verão que logo, logo terão sucesso em seus objetivos. Parabéns aos familiares que estão aqui para incentivar os adolescentes e jovens. Nós estamos em contato com empresas para que absorvam os profissionais qualificados que sairão desse curso”, revelou.
Andreia Rodrigues Moura, diretora da entidade há mais de 20 anos, celebra este novo momento e diz que a Kolping tem se mantido graças aos esforços de parceiros. Ela exaltou o comprometimento da Promotoria da Infância, idealizadora do projeto, a dedicação dos educadores e conclamou os alunos a se dedicarem às aulas para alcançarem êxito durante o curso em que foram matriculados. “Muitas empresas nos procuram para absorver mão de obra qualificada, por meio do projeto Menor Aprendiz. Mas temos de oferecer o melhor sempre”, sustentou.
Orlando Morais, representante da Secretaria Municipal de Educação, participou da aula inaugural do Qualifica 6 e disse que seu sonho, quando adolescente, era estudar na Obra Kolping em Marabá. Ele motivou os alunos presentes a se dedicarem ao máximo ao curso e valorizarem o esforço de seus pais e educadores e, ao mesmo tempo, garantirem um futuro melhor para eles mesmos e para a família que vão constituir. “Esse é um lugar de desafios, mas também de oportunidades. Espero que vocês honrem os nomes dos pais de vocês e cheguem o mais rápido possível no mercado de trabalho”, disse.
A SEMED contribui com o programa oferecendo merenda a todos os participantes do Qualifica 6 e VT Card para alunos que não têm condições de pagar passagem de ônibus para ir às aulas.
Segundo a coordenadora da Kolping, em seis edições, o Qualifica já atuou na formação profissional de 1.960 alunos. (Ulisses Pompeu)