A rodovia federal BR-230, trecho que passa pelo município de Novo Repartimento, foi bloqueada para a passagem de veículos desde às 10h desta segunda-feira (22). Os manifestantes cobram agilidade no inquérito criminal que apura a morte de três rapazes. O crime completa quatro meses.
A interdição da pista acontece a 22 quilômetros da sede do município, sentido Novo Repartimento a Marabá, região sudeste do Pará, e teve início nesse domingo (21), depois que indígenas resolveram interditar a construção de uma ponte conhecida como “Zezinho do Peixe Frito”. A população indígena atrelou a liberação da obra ao repasse de recursos para aquisição de veículos.
Inconformados com o posicionamento dos índios em relação à construção, o movimento popular que reivindica agilidade na conclusão do inquérito criminal que investiga a morte dos três amigos Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara expulsou o grupo indígena do local e resolveu bloquear a pista com pedido de continuidade da obra e também com pedidos de justiça para o triplo homicídio.
Leia mais:De acordo com o advogado Cândido Júnior, a pista segue bloqueada nesta segunda-feira, sem previsão de liberação da estrada. E a manifestação tem com objetivo pedir agilidade na investigação que apura o triplo homicídio. “A morte dos rapazes completa quatro meses e até agora não temos nenhum culpado. Vamos continua com o nosso grito de pedido de Justiça.”
Relembre o caso
Os três caçadores entraram na reserva indígena Parakanã na tarde do dia 24 de abril. A Polícia Federal comanda o inquérito criminal e não divulgou informações sobre o andamento do caso, o que tem revoltado familiares dos rapazes.
Um agente da Polícia Rodoviária Federal, ouvido pela Reportagem do CORREIO, avaliou que a mobilização tem cunho político e destacou o seguinte: “um advogado das famílias que é candidato a deputado tentou movimentar o povo lá pra ganhar uns votos e não teve sucesso, a gente largou ele sozinho com as pessoas e ele argumentou que sem polícia não havia segurança em permanecer”. (Antonio Barroso)