A família de José de Arimateia Paz Rodrigues – vítima de assassinato no último dia 2 de maio – se reuniu na manhã desse sábado (9) em frente à Delegacia de Polícia Civil de Parauapebas, localizada na Rodovia Faruk Salmen, para pedir por justiça depois de dois meses sem o suspeito do crime ser localizado.
O suspeito, identificado como Paulo Felix Lira – também conhecido como “Ceará” –, de 39 anos, foi linchado pela população no Bairro União na noite posterior ao assassinato. A esposa de José teria testemunhado o homicídio, resultado de uma confusão que começou na casa do casal e seguiu até a rua, onde a vítima foi esfaqueada por Paulo.
Geovane de Oliveira Gomes, advogado contratado pela família, falou em entrevista que a manifestação é um apelo pela busca de Paulo, acusado de homicídio qualificado por motivo fútil. Segundo o advogado, a confusão teria se iniciado porque a vítima teria ido realizar a cobrança de uma dívida do acusado.
Leia mais:O advogado afirma que há um mandado de prisão emitido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas em face de Paulo e pede que qualquer pessoa que saiba do paradeiro do acusado entre em contato com as autoridades competentes.
Ceará foi visto pela última vez no hospital, após ser linchado, mas ainda não havia mandado de prisão contra ele na ocasião. Ele também não foi preso em flagrante, afirma Geovane.
Além disso, foram confeccionados cartazes que mostram imagens do suspeito e pedem para que qualquer pessoa que souber informações sobre o assassino de José de Arimateia entre em contato.
A mãe da vítima, Maria Giodete Paz Rodrigues, aos prantos, pede justiça pela morte do filho. Descreve José como um homem trabalhador e afirma que a morte dele significou perder um pedaço de si. Maria, desolada, quer que o acusado pague pelos crimes.
Antônia Cardoso dos Santos, viúva de José, questiona a demora nas investigações, que já duram dois meses e ainda não há informações do paradeiro do suspeito. Além disso, afirma que falta transparência sobre o andamento do processo, visto que a família não tem acesso às informações da Polícia Civil. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)