Celebrado no último dia 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente é um momento que promove a reflexão sobre problemas ambientais e estratégias para preservar e recuperar a fauna e a flora. Uma iniciativa da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) traz esse debate à tona através de uma trilha ecológica realizada dentro da área da universidade, a Trilha do Tauari (rio que corre no “quintal” da instituição).
Normalmente realizada aos sábados pela manhã, a trilha parte do Museu de Biodiversidade Tauari, localizado na Unidade III da Unifesspa (no Cidade Jardim). Os visitantes percorrem um caminho aberto, que é ladeado por mata fechada. Ao longo dele é comum o encontro com animais silvestres de pequeno e médio porte.
São convidados a enveredar pela trilha tanto a sociedade em geral, quanto os alunos de ensino fundamental II e médio, participantes do Clube de Ciências da Unifesspa. A equipe de Reportagem do CORREIO também teve a oportunidade de vivenciar a experiência, sentindo na pele a temperatura amena proporcionada pela densa vegetação, admirando todo o verde do lugar e observando o rastro de animais que vivem ali.
Leia mais:Durante a caminhada é explicado aos trilheiros sobre o impacto da devastação florestal tanto naquela região, como em florestas e matas em geral. Às margens do Rio Tauari, os visitantes aprendem sobre a importância da preservação e reflorestamento; biodiversidade; mudanças climáticas e demais problemas causados pelo desmatamento.
Para além do debate sobre a crise ambiental, a trilha também se torna uma sala de aula. Danilo Oliveira, professor da faculdade de biologia e coordenador do Museu, contou à Repórter do CORREIO DE CARAJÁS que este é um momento em que os visitantes têm contato direto com a natureza, animais locais como cutias e até jacarés; insetos como borboletas, formigas, besouros, um momento de aprender sobre conservação e recuperação ambiental.
Marina Melo, bióloga, reflete que datas como o Dia do Meio Ambiente são importantes para que pensemos na preservação desses espaços não apenas como uma maneira de sermos “bondosos com as espécies”, mas com nós mesmos. É uma pauta permanente, que deve ser revisitada até chegar ao ponto em que não se precise mais ter um dia específico para se pensar no meio ambiente. (Luciana Araújo)