Na tarde desta quinta-feira, 9, um áudio desesperado de uma mãe circulou através de um aplicativo de troca de mensagens. Além da gravação, fotos de um menino ensanguentado também foram compartilhadas. No áudio, Francilene da Silva Santos Batista relata a agressão sofrida por seu filho de 12 anos, estudante, que ocorrera na Escola Municipal de Ensino Fundamental Odílio Rocha. Ela responsabilizou a instituição de ensino por não tomar nenhuma atitude a favor do filho, seu filho.
Francilene concedeu entrevista ao CORREIO DE CARAJÁS e contou que o filho, estudante do sétimo ano, saiu para a escola no período da tarde. Já na sala de aula, o garoto teria sido agredido por um colega da mesma turma. A mãe alega não saber o motivo da briga, mas suspeita de que seu filho teria sofrido retaliação do outro aluno por, de acordo com ela, ter denunciado à direção que o garoto que o agrediu estaria “se cortando” dentro da sala de aula.
Emocionada, ela relata que o filho chegou em casa coberto de sangue, desde suas roupas até o calçado, tendo cortes na parte superior do nariz e também no septo. Ele relatou para os pais que foi expulso da escola e contou sobre a briga. O pai, então, se dirigiu até lá para conversar com o diretor e depois foi à delegacia para registrar boletim de ocorrência. Chegando à Depol, foi orientado a levar a criança até o hospital para receber atendimento, pois o nariz estava quebrado e só então retornar para registrar o BO.
Leia mais:Questionada sobre o comportamento de Gustavo na escola, Francilene contou que não é a primeira vez que o menino sofre agressões na instituição de ensino. Segundo ela, o outro acontecido foi quando o estudante quebrou a garrafa de água de uma colega de classe e foi agredido pelo menos garoto de hoje, que tomou as dores da menina.
Na escola, o diretor José do Espirito Santo relatou à Reportagem que essa foi, na verdade, a terceira vez que o filho de Francilene se envolveu com brigas e que em todas as ocasiões chegou às vias de fato com os colegas. Sobre a expulsão, ele esclareceu que isso não aconteceu, que a ação da escola foi pedir aos alunos que fossem para casa e que na próxima segunda-feira, 13, retornassem com os responsáveis para terem uma conversa para esclarecer o acontecido. Sobre o motivo da briga, os alunos teriam contado que foi uma desavença levada de fora para dentro dos muros da instituição.
Sobre a alegação de que a escola não teria separado a briga, ele informou que ela iniciou quando ainda não havia professor dentro da sala de aula e que após a agressão, os alunos acabaram se separando sozinhos e, devido a gritaria ocasionada pela situação, um educador tomou ciência do ocorrido e encaminhou os dois para a diretoria.
Ele também esclareceu que o caso dos alunos que cortaram a si mesmos na sala de aula, quem levou a situação até a diretoria foi uma das professoras da turma.
Pouco antes dessa notícia ser divulgada, Francilene entrou em contato com o CORREIO DE CARAJÁS e informou que o filho terá de passar por uma cirurgia no nariz na manhã da próxima segunda-feira. (Luciana Araújo)