O pátio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no núcleo Cidade Nova, foi palco da revolta dos servidores municipais na tarde desta terça-feira, 31. O motivo? Luciano Dias, vice-prefeito e secretário de Saúde de Marabá, não compareceu à reunião marcada com os representantes dos servidores em greve.
“A gente entende que ele tem protelado demais, tem se esquivado muito e dessa vez, em um ato totalmente desrespeitoso, fez isso com os trabalhadores. Não reagendou a reunião, simplesmente mandou avisar que não nos receberia. A justificativa dada pela secretária de Luciano Dias foi de que, como o movimento grevista não cessou, ele se deu ao direito de não comparecer”, critica Raimundo Gomes Bezerra, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública (Sintesp).
Ele revela que o acordado foi que independentemente do futuro da greve, a reunião aconteceria, pois até o momento não houve avanço nas pautas.
Leia mais:A reunião de hoje foi marcada na última sexta-feira, 27, durante a deliberação que aconteceu com o prefeito Tião Miranda e lideranças dos sindicatos. Na oportunidade, o secretário se comprometeu em receber os representantes dos sindicatos em greve, no dia de hoje, 31 de maio, às 14 horas. Apesar do acordo firmado, Luciano Dias não compareceu à reunião.
“A gente vê isso como um descaso, um tremendo desrespeito com os trabalhadores, porque a gestão não valoriza e mais uma vez dá prova dessa falta de valorização do trabalhador”, desabafa Raimundo.
Os servidores presentes na Secretaria ponderaram a possibilidade de intensificar a greve, retirando dos postos de serviço aqueles que continuam trabalhando, convidando-os a participarem das manifestações. “Não adianta estarmos nas ruas todos os dias, se os órgãos ainda estão funcionando”, reclamou Demerval Bento da Silva, presidente do Sintesp. Ele disse acreditar na necessidade de paralisação total dos órgãos públicos, para que as pautas sejam atendidas.
As pautas manifestadas são o aumento do vale-alimentação, que atualmente é R$ 300 e os servidores reivindicam o aumento para R$630; redução da jornada de trabalho dos novos concursados da saúde de 40 horas semanais para 30, garantindo o princípio da isonomia; reajuste dos plantões, que há 11 anos é no valor de R$ 120 para servidores de nível médio e R$ 90 para nível fundamental, valor que inclusive é menor do que o valor da hora trabalhada. Também está na pauta da negociação, o reajuste do piso salarial da educação em 33,24% bem como, a implantação da hora atividade. (Luciana Araújo)