Correio de Carajás

Profissionais serão treinados para manejo clínico de pacientes com leish

Devido ao grande número de casos de Leishmaniose registrados em Parauapebas, que colocou as autoridades de saúde em alerta e várias ações foram desencadeadas para tentar conter ao avanço da doença, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) vai agora promover o treinamento dos profissionais de saúde para o manejo clínico de pacientes acometidos com a forma visceral da enfermidade.

O treinamento acontece nesta terça-feira, 14, pela manhã e à tarde, no Centro Universitário de Parauapebas (CEUP). Será realizado por equipes técnicas do Instituto Evandro Chagas (IEC), de Belém, referência em acompanhamento de doenças tropicais na América Latina, e da Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa).

Irão passar pelo treinamento médicos e enfermeiros, que irão receber as orientações de como diagnosticar e promover o tratamento dos pacientes acometidos com Leishmaniose Visceral (LV), além de outros procedimentos.

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De acordo com a Semsa, será mobilizará o maior número possível de profissionais de saúde do município com o intuito de aperfeiçoar e tornar mais eficiente o atendimento a pacientes diagnosticados com a doença. Segundo o governo municipal, apesar de as iniciativas de enfrentamento à leishmaniose já mostrarem bons resultados em Parauapebas, a doença ainda preocupa e, por isso, está se buscando conhecer, diagnosticar e entender melhor a enfermidade, para poder combatê-la.

Os transmissores da doença são insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.

A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi. A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de Leishmaniose Visceral, ao apresentarem esses sintomas, devem procurar o serviço de saúde mais próximo e o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada.

Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os medicamentos utilizados atualmente para tratar a LV não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães. No entanto, no Brasil o homem não tem importância como reservatório, ao contrário do cão – que é o principal reservatório do parasita em área urbana.

Nos cães, o tratamento pode até resultar no desaparecimento dos sinais clínicos, porém eles continuam como fontes de infecção para o vetor, e, portanto, um risco para saúde da população humana e canina. Neste caso, eutanásia é recomendada como uma das formas de controle da Leishmaniose Visceral, mas deve ser realizada de forma integrada às demais ações recomendadas pelo Ministério da Saúde. (Tina Santos)