Centenas de servidores públicos se concentraram agora pela manhã na Avenida VP-8 da Nova Marabá, em frente ao Centro Administrativo da prefeitura para dar continuidade à greve geral. O bloqueio da pista acontece por alguns minutos e então liberam novamente. Cartazes e faixas continuam estampando as reivindicações do aumento do vale alimentação, redução da carga horaria dos novos concursados para 30h, adequação da escala 12×36 e reajuste do valor dos plantões.
Segundo as lideranças dos trabalhadores da educação, saúde, administração e demais categorias do funcionalismo público do município, a mobilização deve permanecer por tempo indeterminado. Amanhã o protesto se estenderá em frente à Câmara Municipal de Marabá, posteriormente em frente ao Ministério Público e há disposição de bloquear novamente a Rodovia Transamazônica (BR-230).
Sobre o segundo dia de protesto, Walter Leal, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Municipais de Marabá (Servimmar) disse ao CORREIO que a paralisação de ontem não foi suficiente para que fossem ouvidos pela prefeitura até o momento, e que continuará até o momento em que o prefeito Tião Miranda se reunir com a categoria para discutir as pautas da greve: “Não sairemos da nossa mobilização até que todas as pautas sejam sanadas.”
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Na manhã de ontem (23), os servidores municipais paralisaram por algum tempo as vias da Rodovia Transamazônica (BR-230) em frente a Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop) na Nova Marabá, iniciando uma greve geral unificada, entre trabalhadores da educação, saúde, administração e demais categorias
O dia começou com trabalhadores públicos dentro do pátio da Sevop, que é onde o prefeito realiza os despachos diários. Como nenhum representante do governo foi até os servidores para conversar a respeito, eles levaram suas faixas e cartazes até as vias da BR-230, uma medida para chamar a atenção de todos sobre a mobilização. As faixas e cartazes dos manifestantes promoveram cobranças dirigidas ao prefeito.
Ainda na manhã de segunda-feira, após liberarem a rodovia e se dirigirem novamente para o pátio da Sevop, os servidores abriram a votação da agenda semanal da greve e afirmaram veemente que enquanto o governo não atender as reivindicações, a greve se manterá.
Joyce Cordeiro Rebelo, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) foi a porta voz dos manifestantes e explicou para a Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS a motivação e programação da greve, que abrange todos os trabalhadores de órgãos públicos, que estão insatisfeitos com o governo.
Segundo ela, os protestos são frutos do descaso da prefeitura em relação as categorias e, pontuou, da falta de respeito do governo em manter sua palavra com os servidores. Ela explica que no último dia 20 uma reunião estava marcada com a gestão municipal, para tratar de pautas que ficaram pendentes desde a última mobilização (realizada em fevereiro), dentre elas o piso salarial dos professores, que ainda não foi pago. O governo municipal quebrou o acordo feito na ocasião e reunião não foi realizada, o que – nas palavras de Joyce – desencadeou as manifestações atuais.