No Rio de Janeiro, uma mulher, Cíntia Mariana Dias Cabral, 49, foi presa após suspeita de ter envenenado os dois enteados, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e Bruno, de 16 anos. Agora, a Polícia considera investigar a madrasta por outros crimes próximos a ela: de acordo com a investigação, o ex-marido e uma ex-vizinha dela morreram repentinamente. O motivo das mortes e a relação de Cíntia com elas será examinada.
O decreto de prisão temporária, por 30 dias, de Cíntia Cabral, veio após a tentativa de suicídio da madrasta, que foi socorrida e presa. Nas redes sociais, a madrasta frequentemente postava mensagens de apoio para a enteada, durante o período de internação. “Fé” e “Você vai vencer” foram algumas das mensagens postadas nos stories do Instagram.
Envenenamento: madrasta é suspeita de matar enteados
Fernanda, a enteada mais velha, morreu em março, após quase duas semanas internada em um hospital público do Rio. Durante a internação, os médicos não conseguiram descobrir o que causava os sintomas, e pela falta de indício de crime, o corpo da jovem não foi submetido à necropsia.
Bruno sentiu os mesmos sintomas que a irmã, após almoçar na casa do pai com ele e a madrasta: sudorese exagerada, dificuldade para respirar, tontura, vista embaçada. Ao voltar para a casa da mãe, perguntou como fazer para vomitar. “Ele já veio de lá achando que tinha algo de estranho, até porque quando ele reclamou do feijão amargo e das pedrinhas azuis, ela arrancou o prato da mão dele”, disse a mãe da criança, Jane Cabral, ao G1 Rio de Janeiro.
Foi ele que, após se sentir mal, sugeriu que poderia ter sido envenenado pela madrasta. Ao perceber que os sintomas dos dois filhos eram semelhantes, a mãe procurou a 33ª DP e prestou queixa contra Cíntia Mariana. Bruno foi internado no dia 15 de maio.
Chumbinho no feijão: Cíntia Mariana pode ter tentado matar enteado com almoço
Dois dos filhos biológicos da madrasta fizeram declarações. Um afirmou que a mãe havia confessado ter envenenado os enteados, mas que disse que o havia feito “por amor ao marido”. Outro disse que a mãe ria ao colocar mais feijão no prato de Bruno, que reclamava do amargor e de objetos estranhos em na comida.
O período de prisão preventiva de Cíntia Mariana servirá para que a Polícia aprofunde as investigações. Os restos mortais de Fernanda devem ser exumados para análise toxicológica. O material apreendido na casa da madrasta, um frasco contendo um popular veneno para ratos, conhecido como “chumbinho”, e o feijão servido à Bruno, foram submetidos à Perícia. A quebra de sigilo telefônico foi solicitada.
(Fonte: O POVO)