Correio de Carajás

Campus da UEPA celebra 29 anos e abre cápsula do tempo

Coordenação do Campus luta para implantar Terapia Ocupacional, novo curso para a comunidade regional

A comunidade acadêmica do Campus VIII da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Marabá, comemorou nesta quarta-feira, dia 18, exatos 29 anos de existência e formação superior para milhares de marabaenses e residentes em outros municípios da região sudeste do Pará.

Desde maio de 1993, a UEPA atua na formação acadêmica em Marabá, inicialmente oferecendo os cursos de enfermagem e educação física. Mas depois passou a atender mais de 20 municípios do sudeste paraense por meio da oferta de cursos superiores nas áreas da educação, saúde e engenharias. Também, tem sido parceira de diversas instituições públicas e privadas e dos movimentos sociais.

O Campus VIII Marabá, um campo de futebol antes da fundação, em 1999, hoje acolhe a comunidade acadêmica com biblioteca e espaços específicos para coordenações de cursos, sala de professores, sala de reuniões e de informática, espaço para assessorias pedagógicas, comitê de ética em pesquisa, coordenação de registro, controle acadêmico e outros setores administrativos.

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Imagem da cerimônia de inauguração do Campus, com a participação do então governador Almir Gabriel/ Foto: Reprodução

Atualmente, são ofertados 11 cursos de graduação, sendo eles: biomedicina, medicina, tecnologia de alimentos, engenharia ambiental e sanitária, engenharia florestal, engenharia de produção, licenciatura em ciências biológicas; física; música e química. Na área de pós-graduação, há a especialização em Transtorno do Espectro Autista: Intervenções multidisciplinares em contextos intersetoriais, e mestrado em Educação Escolar Indígena.

A universidade dispõe de 19 laboratórios de ensino e pesquisa que atendem os cursos de graduação e pós-graduação. Possui um miniauditório com capacidade para 100 pessoas, elevador e estrutura acessível para pessoas com deficiência, planejados para receber eventos científicos e abertos à comunidade externa. Além de uma piscina para a realização das atividades de ensino e extensão.

Licencianda, mestranda, doutora em química e coordenadora do Campus VIII, Danielle Rodrigues Monteiro contou ao CORREIO DE CARAJÁS que durante toda a trajetória da instituição, a evolução tem sido grande motivo de comemoração. “Desde 2012 começamos a ofertar novos cursos como letras – libras, licenciatura em música, biomedicina, medicina, entre outros. E hoje, a universidade se prepara para ofertar um até então inexistente na cidade, de terapia ocupacional, ofertado pelo FormaPará”, explica ela.

A coordenadora também comentou sobre o marco que é a universidade ser um dos maiores projetos de interiorização no estado do Pará. A UEPA é a instituição mais interiorizada do Brasil, ou seja, que mais tem campus em diversos municípios.

“Nós pudemos perceber durante toda essa trajetória que nossa contribuição para Marabá e outras cidades tem sido grande, pois formamos funcionários públicos em diversos órgãos, professores nas escolas e universidades, engenheiros e médicos. Mas ainda há muito para colaborar”, resume Danielle.

Aluna do 7º período do curso de medicina, Lindely Waine Carvalho, abriu o coração e disse que a Universidade tem um valor sentimental enorme para ela. Segundo a jovem de 21 anos, isso se dá pelo fato de passar grande parte do seu tempo lá, pelas amizades construídas e pelos princípios. “Não somos formados apenas como profissionais, mas como cidadãos com valores sustentáveis, de respeito ao próximo, à natureza e aos animais”, comenta Lindely.

A estudante pontua também que a UEPA é um centro de irrigação para o sul e sudeste do Pará. Um local que forma profissionais de alta qualidade e proporciona ao país inteiro competência e habilidade através dos mesmos. Para ela, isso tudo se deve aos docentes, que fazem tudo isso acontecer através do ensino.

Para celebrar os quase 30 anos desde a fundação, a UEPA realizou vasta programação nesta quarta-feira, com piquenique de um ano do Ecobosque, inauguração da Obra “Árvore Vermelha”, da artista Vitória Barros. A obra é uma doação recebida como fruto da parceria com a Galeria Vitória Barros e provoca discussão sobre as questões ambientais na Amazônia.

À direita, ex-coordenador Ney Calandrini ajuda a retirar a cápsula do tempo guardada desde 1999/Foto: Rayda Lima

À tardinha, houve a cerimônia de abertura da 1ª cápsula do tempo do Campus VIII, onde foram descobertos documentos guardados há 23 anos.

Estudantes acompanharam a retirada dos itens que estavam guardados há mais de 20 anos/Foto: Rayda Lima

Durante o mês de maio a Universidade receberá documentos, textos físicos e arquivos digitais, para composição da 2ª Cápsula do Tempo, a qual será lacrada no dia 31 de maio e será aberta após uma década, novamente no aniversário da UEPA e do Campus, em 18 de maio de 2032.

Todos estão convidados pela instituição a fazer parte da memória da UEPA com a entrega de arquivos em formato de vídeos, fotos e documentos. O local de entrega do material é o protocolo geral do Campus. Como tema divulgaram: o que você deseja para os próximos 10 anos da UEPA? Que lembranças você quer levar para próxima década? (Thays Araujo)