Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, voluntários e até mesmo um cão farejador estão sendo empregados nas buscas por pistas que possam levar ao paradeiro da pequena Isabela Lima Mendes Amaral, de 10 anos. O final de semana inteiro foi de buscas e nada, nem uma pista sequer sobre a menina. Enquanto isso, as autoridades policiais mantêm a varredura. “A gente ainda segue nas buscas”, resumiu o delegado Vinícius Cardoso das Neves, superintendente regional de Polícia Civil.
Como as buscas se concentraram na região da BR-155, saindo de Marabá, passando pelo Distrito Industrial, Aterro Sanitário, até a Vila Sororó, em região de mata, os policiais usaram também cavalos para facilitar o acesso às áreas mais difíceis. “Uma extensa área foi percorrida”, explica Vinícius Cardoso.
Segundo o delegado, o que levou a polícia até essa região foi o itinerário realizado pelo padrasto de Isabela, Eliezer Almeida Amaral, logo após o crime, que vem sendo reconstituído detalhadamente por meio de um trabalho investigativo, tecnológico e de campo, que acompanha, por câmeras de segurança das vias, o trajeto feito pelo carro usado por Eliezer.
Leia mais:Antes das buscas na área da BR-155, a varredura se concentrou nos arredores da casa onde Isabela morava com o padrasto e com a mãe, Gleiciane Lima Rabelo Amaral, na Folha 16. O quintal da casa, assim como terrenos baldios nas redondezas foram vasculhados e uma escavação no quintal da casa chegou a ser feita, mas o corpo da criança não foi encontrado.
Paralelo a isso, um grupo de voluntários foi visto vasculhando nos arredores da BR-230, entre a sede da AABB, quartel do G.A.C. (Exército) e Delta Park. Porém, tudo isso deu em nada, pelo menos até o final da tarde de ontem.
Isabela foi vista pela última vez, no dia 8 deste mês, em companhia do padrasto. Três dias depois (11), o corpo da mãe foi encontrado em decomposição, na casa onde morava. Cerca de duas horas depois da descoberta do cadáver da mãe, Eliezer se atirou debaixo de uma carreta e morreu, na rotatória do Km 6 (Nova Marabá).
O cadáver da mãe foi para Parauapebas, enquanto o corpo do padrasto foi para o Rio de Janeiro, onde mora um irmão dele. Quanto à pequena Isabela, caso esteja morta, ainda não teve o direito a um sepultamento digno. (Chagas Filho, colaboraram Thays Araujo e Luciana Araújo)