Durante as Eleições Municipais de 2020, o Brasil teve 30 milhões de eleitores idosos e mais de 1 milhão de eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida aptos a votar. Em todo o país, cerca de 45 mil seções eleitorais foram especialmente adaptadas para atendê-los. Isso porque, a cada pleito, a Justiça Eleitoral concentra esforços para propiciar condições de acessibilidade aos eleitores que necessitam de atenção especial. A professora Mirian Rosa Pereira, de Marabá (PA), é um exemplo de mesária com bastante experiência e que costuma atuar nesses locais de votação.
Ela começou a contribuir para a Justiça Eleitoral ainda no período da graduação e continua até hoje. “Quando decidi ser mesária, não foi com o intuito de participar para ter uma atividade complementar ou para obter a folga, foi para colaborar com a democracia e por acreditar na importância do voto”, explicou.
Miriam contou que se sente muito feliz em trabalhar nas eleições e colaborar com o país. “Participar deste momento é muito importante, porque a gente ajuda a fortalecer a democracia de maneira direta. Poder testemunhar de perto a importância do voto é uma conquista única, principalmente para mim na condição de mulher,” disse.
Leia mais:Segundo a docente, nas seções eleitorais em que trabalhou, sempre houve muitos idosos e pessoas com deficiência, o que a fez ter uma visão ainda maior sobre a importância da inclusão e uma certeza de como o voto deu a todos o poder de decisão.
Preferência
Em ano eleitoral, as pessoas com deficiência devem informar à Justiça Eleitoral impedimentos que dificultem o exercício do voto, tais como as relacionadas à locomoção e à visão, para que o local de votação possa ser preparado para atender às necessidades específicas do eleitor, com o oferecimento de urna com fones de ouvido e rampa de acesso, entre outros.
Além disso, o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida pode ser auxiliado na hora de votar quando o presidente da mesa receptora de votos verificar que essa ajuda é imprescindível. Nesse caso, o eleitor é auxiliado por pessoa de sua confiança, que poderá ingressar com ele na cabine de votação.
“É importante a gente falar de eleição não só no período eleitoral ou de campanha, mas reforçar sempre a importância da participação de todas as pessoas. Muitos eleitores com deficiência e idosos são invisíveis socialmente. Então, na seção onde trabalho, além de prestar assistência, eu tenho a possibilidade de conversar com essas pessoas e mostrar o quanto é importante a presença de cada uma delas ali”, relembra, ao afirmar que cada voto registrado por um idoso ou pessoa com deficiência faz com que o coração salte de emoção.
A JE mora ao lado
Essa história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos começaram a ser publicados em fevereiro, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação da Justiça Eleitoral para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país. (Fonte: TSE)